Investidores que fizerem aportes em previdência privada do tipo PGBL até 31 de dezembro podem deduzir até 12% da renda bruta anual tributável na declaração de Imposto de Renda, lembra o assessor de investimentos Michael Viriato.
Segundo o especialista, a estratégia permite adiar o pagamento do imposto e reinvestir o valor economizado. Em um exemplo citado por Viriato, quem recebe R$ 200 mil por ano e aplica R$ 24 mil no PGBL reduz o IR em R$ 6.600. Caso essa quantia seja investida com rendimento de 10% ao ano, pode ultrapassar R$ 44 mil em duas décadas.
Além do abatimento imediato, o plano de previdência privada oferece:
Na tabela regressiva, a alíquota do IR cai de 27,5% para até 10% após dez anos. Em um fundo comum que rende 10% ao ano, o ganho líquido seria de 8,5% ao ano; no PGBL, o retorno líquido alcança 9% anuais após o mesmo período.
Diferentemente dos fundos tradicionais, a previdência não sofre a cobrança semestral antecipada de IR. Sem essa retenção, o montante permanece integral e se beneficia mais dos juros compostos, podendo acrescentar quase 21% ao retorno em 20 anos, segundo as simulações apresentadas.
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Os valores aplicados em planos de previdência não entram em inventário e estão isentos de ITCMD, cujo teto chega a 8% nos estados. Em um patrimônio de R$ 1 milhão, a economia pode atingir R$ 80 mil, além de garantir liquidez imediata aos beneficiários.
Com a soma dessas vantagens — postergação do imposto, redução de alíquota, ausência de come-cotas e isenção na transmissão de bens —, o investidor disciplinado pode acumular mais de 50% de patrimônio líquido adicional em relação a aplicações equivalentes fora da previdência, afirma Viriato.
O prazo para realizar os aportes e aproveitar o benefício fiscal encerra-se no último dia útil do ano.