São Paulo – A Boeing solicitou que FedEx, UPS e Western Global Cargo suspendam imediatamente as operações dos modelos MD-11 e MD-11F, em resposta à diretiva de aeronavegabilidade de emergência emitida pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) no sábado (8).
A determinação da FAA, registrada como AD 2025-23-51, foi publicada quatro dias depois do acidente com o voo UPS 2976, ocorrido na terça-feira (4) durante a decolagem no Aeroporto Internacional Muhammad Ali, em Louisville. O cargueiro perdeu o motor esquerdo e o respectivo pilone; a queda resultou em nove mortes.
O órgão regulador informou que a falha ainda está sob investigação, mas destacou que a possibilidade de desprendimento do motor “pode comprometer a capacidade de voo e de pouso seguros”. Por esse motivo, exigiu inspeção imediata de todas as aeronaves afetadas e a realização de eventuais correções antes de qualquer novo voo.
A FAA classificou a decisão como provisória e justificou a ausência de consulta pública pela “urgência e gravidade” da situação, alegando que seria impraticável aguardar o período tradicional de comentários.
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A recomendação da Boeing foi divulgada após UPS e FedEx anunciarem, na quinta-feira (7), a interrupção temporária de suas frotas de MD-11F. Segundo dados da fabricante, 54 unidades do modelo continuam em serviço comercial no mundo, todas operadas pelas três companhias cargueiras norte-americanas.
A Boeing acrescentou, em nota, que o retorno das aeronaves dependerá de uma “análise de engenharia adicional” atualmente em curso.