Especialistas alertam para crise na indústria dos EUA enquanto China amplia capacidade fabril

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Os Estados Unidos enfrentam um déficit de mão de obra qualificada estimado em cerca de 400 mil vagas na indústria, ao mesmo tempo em que a China expande agressivamente sua produção. O alerta foi feito no domingo (14) pelo apresentador e empresário Mike Rowe e pelo CEO da Ford, Jim Farley, durante o programa “One Nation with Brian Kilmeade”, da Fox News.

Cotidiano de fábricas norte-americanas

Jim Farley revelou que, apenas na Ford, existem 6.000 postos de trabalho para mecânicos sem candidatos disponíveis. Segundo ele, as funções tornaram-se mais complexas e exigem qualificações técnicas avançadas, o que dificulta o preenchimento das vagas, sobretudo em pequenas e médias empresas que têm menos recursos para treinamento.

Avanço chinês após a pandemia

De acordo com Farley, durante a pandemia de COVID-19 a China deu “saltos gigantes” na capacidade industrial. Hoje, o país possui o dobro de fábricas de automóveis do que o seu mercado interno comporta, estratégia que, segundo o executivo, visa exportar o excedente e gerar empregos locais.

“Guerra pela manufatura”

“Estamos em uma guerra global pela manufatura”, afirmou Farley, acrescentando que cada viagem à China reforça a percepção de que Pequim busca ocupar postos de trabalho atualmente situados nos Estados Unidos.

Imagem: Taylor Penley FOXBusiness via foxbusiness.com

Mike Rowe, fundador da mikeroweWorks Foundation, comparou a situação a um alarme de incêndio: “Se eu tivesse um daqueles sinos vermelhos enormes do corpo de bombeiros, tocaria agora”, disse, ressaltando o que considera ser uma ameaça existencial à base produtiva norte-americana.

Para ambos os especialistas, a combinação de escassez de trabalhadores especializados nos Estados Unidos e o rápido crescimento industrial chinês coloca o setor manufatureiro norte-americano em um ponto crítico.