Com a aproximação do período de maior movimento no varejo, os fundos imobiliários de shoppings voltam a chamar atenção dos investidores. Líder desse segmento, o XP Malls (XPML11) desponta pela carteira diversificada e pela participação em centros de compras relevantes em várias regiões do país.
Levantamento realizado pelo InfoMoney em parceria com a Economática indica que, em novembro de 2024, seria necessário investir cerca de R$ 510 mil – equivalente a 4.942 cotas ao preço de R$ 103,19 – para transformar os proventos do fundo em um “vale-compras” de R$ 5 mil por mês.
Considerando o reinvestimento integral dos dividendos durante 12 meses, o patrimônio projetado chegaria a aproximadamente R$ 587 mil, resultado que representa ganho superior a 15% no período. Sem o reinvestimento, o retorno ficaria próximo de 3,2%.
A gestora do XPML11 estima uma demanda adicional de caixa de R$ 391 milhões para o fim de 2025. O valor corresponde a uma fração do patrimônio líquido do fundo, hoje em torno de R$ 6,4 bilhões.
Para cobrir esse montante, a administração menciona três alternativas: venda de ativos imobiliários, alienação de participações em outros FIIs e retenção de até 5% do resultado distribuível.
Imagem: infomoney.com.br
Em agosto de 2024, o fundo assinou acordo com a Riza Real Estate para vender fatias em nove shoppings. Caso a operação seja concluída, o caixa obtido seria suficiente para eliminar o déficit previsto.
Gestores de mercado avaliam que 2026 marcará um teste de resistência para os fundos de shoppings, diante de novos projetos, juros ainda elevados no início do ano e consumidores mais seletivos. Mesmo assim, a classe segue entre as preferidas de quem busca renda recorrente e possível benefício com a trajetória de queda dos juros.