Verde Asset reduz exposição à bolsa brasileira após sequência de altas do Ibovespa

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São Paulo, 11 de junho – A Verde Asset Management diminuiu a participação em ativos de risco no Brasil em outubro, movimento motivado pela percepção de retorno limitado diante do aumento da volatilidade doméstica, informou a gestora em sua carta mensal publicada nesta terça-feira (11).

Redução após rali do Ibovespa

O Ibovespa encerrou outubro acima de 149 mil pontos e, desde então, continua renovando recordes, superando a marca de 158 mil pontos nesta terça-feira. Apesar do desempenho, a Verde avalia que há “turbulência à frente” e decidiu cortar a alocação em ações brasileiras.

Eleição de 2026 no radar

Para a gestora, o cenário político aumentou a incerteza. A carta menciona uma possível melhora temporária na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seguida de instabilidade após a operação policial no Rio de Janeiro que trouxe o debate sobre segurança pública para a eleição de 2026.

Estratégias adotadas

• Implementação de hedges em ações locais, reduzindo a exposição líquida comprada.

• Manutenção do portfólio global praticamente inalterado.

• Continuidade da posição aplicada em juro real no Brasil e em inflação implícita nos Estados Unidos.

Ajustes na carteira

Na renda fixa, a alocação em crédito local foi reduzida após a venda das debêntures perpétuas da Vale, recompradas pela mineradora. No mercado de moedas, parte da posição comprada em euro foi trocada por uma cesta diversificada; a exposição ao yuan chinês e ao ouro foi mantida, enquanto a posição em real foi zerada. A participação em criptoativos permaneceu intacta.

Imagem: infomoney.com.br

Cenário externo

A Verde citou a incerteza provocada pelo shutdown do governo dos Estados Unidos, que interrompeu a divulgação de indicadores econômicos, e o tom mais cauteloso do Federal Reserve após dois cortes de 0,25 ponto percentual nos juros. A volatilidade também aumentou por dúvidas sobre a sustentabilidade do ciclo de investimentos em inteligência artificial.

Desempenho dos mercados

Mesmo em ambiente instável, os ativos de risco tiveram bom resultado em outubro: o S&P 500 subiu 2,27% e o ouro avançou 3,75%, atingindo US$ 4.400 por onça antes de fechar o mês a US$ 4.005. A gestora afirma ter mantido disciplina na posição comprada no metal precioso, considerado um dos principais beneficiários da diversificação de moedas além do dólar.

Resultado do fundo

O fundo Verde registrou ganho de 1,41% em outubro, acima do CDI, que rendeu 1,28%. No acumulado do ano, o fundo avançou 13,58%, superando o CDI de 11,76% no mesmo período.