Washington, D.C. – A procuradora federal Jeanine Pirro anunciou nesta quarta-feira a criação da Scam Center Strike Force, força-tarefa dedicada a desarticular quadrilhas chinesas de crime organizado e centros de golpes no Sudeste Asiático que vêm lesando norte-americanos com falsos investimentos em criptomoedas.
De acordo com Pirro, essas fraudes já provocaram perdas superiores a US$ 9 bilhões somente em 2024. Especialistas, porém, acreditam que o valor real pode ser até 15 vezes maior devido à subnotificação dos crimes.
Segundo a procuradora, os criminosos costumam abordar vítimas — principalmente idosos — pelas redes sociais sob o pretexto de um engano, conquistam sua confiança e transferem a conversa para aplicativos criptografados. Em seguida, levam o investidor de plataformas legítimas para sites criados pelos próprios fraudadores.
A força-tarefa pretende identificar e acusar os líderes dessas organizações, rastrear os recursos desviados, devolvê-los às vítimas e desativar a infraestrutura usada nos Estados Unidos, como sites e servidores.
Até o momento, já foram apreendidos US$ 400 milhões, e há processos em andamento para confiscar outros US$ 80 milhões.
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Simultaneamente, o Departamento do Tesouro impôs sanções ao grupo armado birmanês Democratic Karen Benevolent Army (DKBA) e a quatro de seus dirigentes por apoiarem centros de golpes no país. Também foram apontadas as empresas Trans Asia International Holding Group Thailand Company Limited, Troth Star Company Limited e o cidadão tailandês Chamu Sawang, ligados ao DKBA e ao crime organizado chinês.
“Redes criminosas que operam em Mianmar estão roubando bilhões de dólares de trabalhadores norte-americanos por meio de golpes on-line”, declarou o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, John K. Hurley.
Pirro informou que empresas como Meta, Microsoft e a associação de aposentados AARP já se ofereceram para colaborar com a Scam Center Strike Force na proteção dos consumidores.