São Paulo, 13 de novembro de 2025 – O contrato do Ibovespa futuro para dezembro (WINZ25) fechou esta quinta-feira em queda de 0,38%, aos 159.110 pontos, movimento classificado por analistas como correção após a sequência de altas recentes.
Estudo do BTG Pactual projeta que o próximo suporte relevante está na média móvel de 50 períodos, em 157.410 pontos. Para retomar o viés de alta, o índice precisa superar a máxima histórica de 160.605 pontos, o que abriria caminho para 164.085 pontos.
O dólar futuro encerrou o dia com avanço de 0,07%, cotado a R$ 5,318. Durante o pregão, testou a mínima recente em R$ 5,286, sem conseguir rompê-la. O Índice de Força Relativa (IFR) sugere possível recuperação de curto prazo, com alvo na média móvel de 50 períodos, próxima de R$ 5,340 no gráfico de 60 minutos.
Às 17h, o índice DXY, que compara o dólar a seis moedas fortes, caía 0,32%, a 99,174 pontos. A diferença entre o comportamento do câmbio local e o cenário externo foi atribuída a maior percepção de risco doméstico e ao aumento de remessas ao exterior típico do fim de trimestre fiscal.
Nos Estados Unidos, o término do shutdown reacendeu o debate sobre os efeitos econômicos da paralisação de seis semanas, que pode subtrair até 1,5 ponto percentual do PIB do quarto trimestre, segundo projeção do Congresso. A escassez de indicadores como CPI e payroll mantém o Federal Reserve sem dados essenciais, dificultando ajustes nas expectativas de política monetária.
Nesta quinta-feira, Mary Daly, presidente do Fed de San Francisco, afirmou ser cedo para decidir sobre novos cortes de juros antes da reunião de 9 e 10 de dezembro. Para Bruno Shahini, da Nomad, as declarações dos dirigentes mostram incerteza sobre o grau de aperto necessário, já que a inflação segue acima da meta e a política monetária não parece claramente restritiva.
Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br
No Brasil, as vendas no varejo recuaram 0,3% em setembro, informou o IBGE, contrariando a expectativa de alta de 0,3%. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,8%, abaixo da projeção de 2%. O Itaú BBA avaliou que o resultado confirma a desaceleração da atividade no terceiro trimestre.
O Ministério da Fazenda reduziu a estimativa de crescimento do PIB de 2025 para 2,2%, ante 2,3%. Também revisou a previsão de inflação: o IPCA esperado para 2025 passou de 4,8% para 4,6%, e o de 2026, de 3,6% para 3,5%, apontando convergência gradual à meta de 3% do Banco Central.
Combinados, os fatores externos e internos contribuíram para a realização de lucros no Ibovespa futuro e sustentaram o leve ganho do dólar futuro no pregão desta quinta-feira.