Especialista defende que melhor aplicação varia conforme perfil e necessidades do investidor

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São Paulo – Em artigo publicado na coluna “De Grão em Grão”, o assessor de investimentos Michael Viriato afirmou que não existe um “melhor” investimento único para todos os perfis. Segundo ele, a escolha adequada depende de fatores como objetivos pessoais, prazo, liquidez necessária e tolerância ao risco.

Viriato relatou que costuma receber perguntas sobre “qual é o melhor fundo, a melhor previdência ou a melhor renda fixa” e comparou o comportamento de muitos investidores ao de crianças em busca do brinquedo perfeito. Para o especialista, a frustração surge quando o produto financeiro escolhido não se encaixa nas características do investidor.

Exemplos práticos

O colunista citou o caso de um CDB que paga 115% do CDI, com prazo de cinco anos. Embora a rentabilidade aparente ser atraente, pode não atender quem precisa de acesso rápido ao dinheiro. Nessa situação, um CDB que remunera 100% do CDI e oferece resgate diário pode ser mais adequado.

Outro exemplo envolve fundos multimercado. Viriato observou que alguns aplicadores entram em pânico quando o fundo cai 3% em um mês, mostrando que o produto não estava alinhado ao nível de volatilidade que o investidor suporta.

Regulamentação

O texto também lembra que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exige que recomendações financeiras considerem o perfil, os objetivos e a tolerância a riscos de cada cliente, conceito conhecido como “adequação”.

Imagem: redir.folha.com.br

Recomendação final

Para Viriato, a pergunta que deve guiar a escolha é: “Qual investimento faz sentido para mim agora, considerando meus objetivos e minha carteira?”. O assessor conclui que, ao trocar a busca pelo “melhor” produto pela avaliação do que é mais apropriado ao momento e às metas pessoais, as decisões tendem a ser mais acertadas e menos estressantes.

Michael Viriato é sócio fundador da Casa do Investidor e autor da coluna financeira hospedada no site da Folha de S.Paulo.