O contrato futuro do Ibovespa para dezembro (WINZ25) encerrou a sessão desta sexta-feira, 14 de novembro de 2025, com ganho de 0,20%, aos 159.375 pontos.
De acordo com análise técnica do BTG Pactual, o movimento afastou o mini-índice da média móvel de 21 períodos, considerada área suscetível a uma correção mais acentuada. O Índice de Força Relativa (IFR) mantém topos e fundos descendentes, sinalizando possibilidade de ajuste. Para o banco, o viés de alta só seria revertido caso a cotação perca a média móvel de 200 períodos, atualmente em 152.145 pontos.
No mercado de câmbio, o dólar futuro para dezembro (WDOZ25) subiu 0,11% e fechou a R$ 5,3145. A corretora aponta que o contrato segue em trajetória lateral, limitado pela resistência de R$ 5,320 e pelo suporte de R$ 5,280. Uma definição de tendência depende do rompimento de um desses extremos.
O comportamento do dólar doméstico acompanhou o exterior. Por volta das 17h (horário de Brasília), o índice DXY, que compara a divisa norte-americana a seis moedas de países desenvolvidos, avançava 0,15%, para 99,304 pontos.
A cautela do mercado foi reforçada por novas declarações de dirigentes do Federal Reserve. Jeffrey Schmid, presidente da unidade do Fed em Kansas City, afirmou que a inflação permanece elevada e que cortes de juros podem dificultar o retorno da meta de 2%. Segundo ele, o arrefecimento do mercado de trabalho decorre de mudanças estruturais que não seriam solucionadas por taxas menores.
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Investidores também monitoraram os possíveis efeitos econômicos do shutdown do governo dos Estados Unidos, que durou 43 dias e terminou na noite de quarta-feira (12).
Do lado corporativo, o Ibovespa futuro recebeu suporte das ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que subiram mais de 1% acompanhando a valorização do petróleo. A petroleira avalia a redução do orçamento de investimentos para cerca de US$ 106 bilhões no plano estratégico 2026-2030, segundo informações da Bloomberg.
Em Wall Street, os principais índices recuperaram parte das perdas da véspera, mas fecharam sem direção única, influenciando de forma moderada o desempenho do mercado brasileiro.