O porta-aviões USS Gerald R. Ford, considerado o mais moderno da frota norte-americana, chegou ao Caribe na semana passada e já se posiciona para eventuais operações aéreas contra alvos na Venezuela. A movimentação integra a Operação Lança do Sul para a Nossa Pátria, anunciada na última quinta-feira (13) pelo secretário da Guerra, Pete Hegseth, por ordem do presidente Donald Trump.
Segundo Hegseth, o objetivo oficial da ofensiva é “eliminar o narcoterrorismo” na região hemisférica. No dia 3 de novembro, Trump declarou que “os dias de Nicolás Maduro estão contados”, intensificando a retórica contra o governo chavista.
Especialistas e membros do governo dos EUA ouvidos pela imprensa norte-americana afirmam que ainda não há um plano militar claro. Estima-se que cerca de 15 mil militares tenham sido deslocados, número considerado insuficiente para uma invasão em larga escala. O Center for Strategic and International Studies (CSIS) calcula que seriam necessários, no mínimo, 50 mil soldados — idealmente 150 mil — para uma operação desse porte.
A ausência de um objetivo público provoca expectativas de que Washington precise demonstrar algum resultado militar. Analistas apontam duas opções principais:
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Observadores concordam que, após mobilizar navios, tropas e aviões, a administração Trump enfrentará pressão para agir. Permanecer no Caribe sem atacar, ou retirar-se sem resultados visíveis, poderia ser interpretado como vitória de Caracas.
Enquanto o desfecho permanece incerto, o grupo de ataque capitaneado pelo Ford permanece navegando em águas caribenhas, mantendo a tensão militar na fronteira marítima venezuelana.