Investidores brasileiros ampliam exposição a CLOs em busca de rendimento e diversificação

Estratégias de investimento22 horas atrás8 pontos de vista

Oferta - Clique na Imagem

Os Collateralized Loan Obligations (CLOs) começaram a ganhar espaço nas carteiras de brasileiros que procuram crédito estruturado no exterior. Segundo Marc Forster, head Brasil da Franklin Templeton, a combinação de dispersão de risco, retornos atrativos e regras mais rígidas fora do País transformou esses produtos na peça central de um novo movimento de diversificação global.

Entendimento de estruturas mais complexas

Em entrevista ao podcast Outliers, do InfoMoney, Forster observou que o interesse pelos CLOs aumenta no momento em que investidores buscam compreender veículos financeiros mais sofisticados. A tendência ganhou tração depois que os prêmios de crédito dos ativos tradicionais encolheram, estimulando a procura por alternativas mais bem remuneradas.

Como funcionam os CLOs

O CLO reúne empréstimos corporativos garantidos, concedidos por bancos a empresas geralmente abaixo do grau de investimento, dentro de uma única estrutura securitizada. Esses empréstimos ocupam posições prioritárias na estrutura de capital das companhias. Após selecionar um conjunto diversificado de créditos, o gestor monta o veículo e o divide em tranches: da camada mais segura, que pode pagar cerca de 1% ao ano, até a fatia equity, que assume o risco residual e entrega retornos maiores.

Enquanto os FIDCs brasileiros costumam ter até três níveis de subordinação (sênior, mezanino e subordinado), um CLO no exterior pode apresentar até sete camadas. Essa variedade permite que cada investidor escolha o ponto exato de risco e retorno. Fundos de pensão, por exemplo, tendem a ficar nos papéis de rating elevado, ao passo que pessoas físicas podem optar inclusive pela tranche mais arriscada.

Mercado cresce dentro e fora do País

No Brasil, a Instrução CVM 175 democratizou o acesso aos FIDCs, elevando o patrimônio líquido do segmento de R$ 140 bilhões para mais de R$ 720 bilhões em dez anos. Nos Estados Unidos, os CLOs movimentam aproximadamente US$ 1,5 trilhão, enquanto na Europa o volume gira em torno de US$ 250 bilhões.

Investidores brasileiros ampliam exposição a CLOs em busca de rendimento e diversificação - Imagem do artigo original

Imagem: infomoney.com.br

Forster aponta dois vetores para a expansão: a compressão dos spreads de crédito tradicionais e a evolução do conhecimento do investidor. Um único CLO pode abrigar centenas de empréstimos; um fundo que invista em vários CLOs atinge, potencialmente, dezenas de milhares de operações, diluindo o risco de forma significativa.

Diferentes perfis, diferentes faixas de retorno

Nos Estados Unidos, a presença de investidores de varejo é expressiva, fator que aumenta a liquidez, mas pressiona os rendimentos. Na Europa, o ambiente permanece mais institucional, o que mantém os prêmios um pouco mais altos. A escolha da tranche, destaca Forster, depende do objetivo de cada fundo ou pessoa física, variando de carteiras concentradas apenas na tranche sênior a estratégias focadas exclusivamente no equity piece.

Com o avanço da educação financeira e a necessidade de diversificação internacional, a expectativa de Forster é que o espaço destinado aos CLOs nos portfólios de brasileiros continue a se ampliar.

0 Votes: 0 Upvotes, 0 Downvotes (0 Points)

Oferta - Clique na Imagem

Deixe um Comentário

Siga-nos!
Pesquisar tendência
Redação
carregamento

Entrar em 3 segundos...

Inscrever-se 3 segundos...