Dirigentes do Fed exibem forte divisão sobre novo corte de juros em dezembro

Mercado Financeiro23 minutos atrás6 pontos de vista

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O Federal Reserve enfrenta intensa divergência interna sobre a possibilidade de reduzir novamente a taxa básica de juros na reunião marcada para 9 e 10 de dezembro. A ata do encontro realizado em outubro, divulgada nesta quarta-feira (19), mostra que os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) apresentaram “opiniões fortemente divergentes” a respeito de um terceiro corte em 2025.

Segundo o documento, parte dos dirigentes considera que outra redução de 0,25 ponto percentual será necessária para sustentar a atividade, enquanto outro grupo avalia que manter o nível atual é o caminho mais prudente diante da inflação ainda elevada e do crescimento acima do esperado.

Votação dividida em outubro

No encontro de outubro, o Fed diminuiu os juros em 0,25 ponto pela segunda vez no ano. A decisão expôs uma rara divisão em três frentes: Stephen Miran defendeu um corte de 0,50 ponto, Jeff Schmid votou por manter a taxa inalterada e a maioria apoiou o ajuste de 0,25 ponto.

Dados econômicos limitados

A discussão ganhou complexidade após o Bureau of Labor Statistics informar que o relatório de emprego de outubro não será publicado porque a coleta de dados foi prejudicada pelo shutdown do governo. Dessa forma, os formuladores de política monetária só terão números completos novamente após a reunião de dezembro, o que levou alguns integrantes a sugerir cautela adicional.

Probabilidade de corte cai em Wall Street

Cálculos do CME Group indicam que a chance de um novo corte de 0,25 ponto em dezembro recuou de quase 100% para cerca de 30% ao longo do último mês. O movimento reflete o ceticismo de investidores diante das sinalizações divergentes dentro do banco central.

Hawks e doves

Dirigentes considerados mais hawkish, como Schmid, Susan Collins (Fed de Boston) e o diretor Michael Barr, ressaltam que a inflação, atualmente em 3%, continua acima da meta e que a economia demonstra resiliência. Já vozes mais dovish afirmam que a fraqueza do mercado de trabalho requer estímulo adicional. Christopher Waller, apontado como favorito para presidir o Fed no próximo ano, declarou na segunda-feira (17) que o emprego permanece “fraco e próximo da estagnação”.

A ata aponta ainda que “diversos” membros aceitarão cortar os juros em dezembro caso os indicadores evoluam conforme esperado, enquanto “muitos” preferem mantê-los estáveis até o fim do ano.

O presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou após a última reunião que o desfecho de dezembro “não é conclusão prévia”.

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