A Cracker Barrel Old Country Store anunciou na quinta-feira (21) a renúncia do diretor independente Gilbert Dávila imediatamente após a assembleia anual de acionistas, na qual foram eleitos nove dos dez candidatos indicados pela companhia para o conselho.
Com a saída de Dávila, o colegiado passa a contar com nove membros, entre eles a diretora-presidente Julie Felss Masino. A empresa afirmou em nota que “se sente honrada pela confiança dos acionistas” e agradeceu ao executivo, que integrou o conselho desde 2020 e presidiu o comitê de remuneração. Segundo o comunicado, Dávila contribuiu para a elaboração do plano estratégico da rede ao longo de cinco anos.
A renúncia representa uma vitória parcial para o investidor ativista Sardar Biglari, que havia pedido a substituição de Masino e Dávila após criticar o desempenho operacional da Cracker Barrel e a polêmica reformulação de marca lançada em agosto. Em carta enviada aos acionistas em 6 de novembro, o empresário afirmou que o grupo gestor “está desconectado da base de clientes” e apontou falhas em aquisições, abertura de lojas e no plano de transformação estratégica.
Duas das principais consultorias de voto do mercado, Institutional Shareholder Services (ISS) e Glass Lewis, recomendaram que os investidores se opusessem à recondução de Dávila. A Glass Lewis estendeu a orientação contrária à conselheira Jody Bilney, responsável pelo comitê de nomeação e governança. Nenhuma das duas consultorias sugeriu a destituição da diretora-presidente.
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A Cracker Barrel afirmou que Biglari já promoveu oito disputas por procuração em 15 anos e que utiliza empresas controladas por ele, como a Steak ’n Shake, para divulgar “declarações falsas e enganosas”. A companhia classificou a campanha do investidor como “custosa e distrativa”.
No comunicado divulgado após a assembleia, a rede ressaltou seu compromisso em oferecer “alimentos de qualidade e experiências autênticas” aos clientes, preservar a tradição da marca e “retomar o crescimento com geração de valor para os acionistas”.