Coinbase transfere fundos para novas carteiras internas em procedimento de segurança

Criptomedas2 dias atrás14 pontos de vista

A corretora de criptomoedas Coinbase iniciou no sábado, 9 de dezembro, uma grande migração de saldos para novos endereços sob seu controle. Segundo a empresa, a operação já estava programada e faz parte de uma prática de segurança destinada a reduzir a exposição de longo prazo decorrente do uso contínuo de carteiras públicas conhecidas.

Em comunicado, a companhia ressaltou que a mudança não foi motivada por violações de segurança nem por ameaças externas. “Migrar carteiras periodicamente é uma boa prática amplamente aceita que minimiza a exposição dos fundos. Trata-se de uma migração planejada e não relacionada a condições de mercado nem a incidentes de violação de dados”, informou a exchange.

Os registros em blockchain indicam que grandes volumes de Bitcoin (BTC), Ether (ETH) e outros ativos foram transferidos de endereços antigos da Coinbase para novas carteiras internas já identificadas por exploradores de blocos e plataformas de inteligência on-chain.

Alerta contra tentativas de fraude

A companhia advertiu que golpistas podem tentar se passar por representantes da exchange durante o processo, pedindo credenciais de acesso ou solicitando que usuários enviem moedas para outros endereços — algo que a Coinbase afirma jamais fazer. O aviso reflete a necessidade de vigilância constante contra phishing, hacks e outros ataques cibernéticos no setor cripto.

Por que mover fundos periodicamente

Especialistas destacam que grandes saldos parados em um único ponto funcionam como “iscas” para hackers. Servidores centralizados, sistemas de informação e carteiras quentes conectadas à internet costumam ser alvos de invasões planejadas por meses.

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Imagem: cointelegraph.com

O avanço de ferramentas de inteligência artificial amplia a capacidade de criminosos em reunir pistas públicas e metadados que podem comprometer chaves ou dados sensíveis, apontam analistas consultados pelo Cointelegraph.

Outro risco citado é o da computação quântica. De acordo com Gianluca Di Bella, pesquisador de contratos inteligentes e provas de conhecimento zero, agentes mal-intencionados podem estar arquivando chaves públicas de criptomoedas hoje para, no futuro, usar computadores quânticos capazes de derivar as chaves privadas em ataques do tipo “colher agora, quebrar depois”. Para o especialista, protocolos de criptografia precisam adotar padrões pós-quânticos o quanto antes para neutralizar essa ameaça potencial.

A Coinbase informou que todo o processo foi conduzido internamente e que os endereços de destino continuam sob sua custódia.

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