Lyn Alden vê baixa probabilidade de capitulação no mercado de criptomoedas

A macroeconomista Lyn Alden considera improvável uma queda brusca do Bitcoin e do mercado cripto no momento atual. Em participação recente no podcast What Bitcoin Did, Alden afirmou que ainda não há indícios de euforia nesta fase do ciclo, reduzindo a chance de uma “capitulação” massiva.

“Não atingimos níveis eufóricos; portanto, há menos razão para esperar uma grande capitulação”, disse a economista a Danny Knowles, apresentador do programa.

Ciclo prolongado e além do halving

Alden pontuou que o ciclo atual pode se estender por mais tempo do que muitos preveem, pois estaria sendo impulsionado por fatores macroeconômicos e pelo interesse no ativo, e não exclusivamente pelo halving do Bitcoin. Ela rejeitou, assim, a ideia de que o modelo de quatro anos siga válido.

A posição é semelhante à de Matt Hougan, diretor de investimentos da Bitwise, que também descartou o ciclo quadrienal e prevê “bons anos” para o mercado.

Opiniões divergentes

Nem todos concordam com Alden. Vineet Budki, CEO da gestora Sigma Capital, declarou ao Cointelegraph que espera uma retração de 65% a 70% no preço do Bitcoin nos próximos dois anos.

Expectativas moderadas

A economista ressaltou que os resultados de mercado raramente alcançam os extremos imaginados pelos investidores. “Normalmente não é tão bom quanto se espera nem tão ruim quanto se teme”, afirmou.

Imagem: cointelegraph.com

Desempenho recente do Bitcoin

Segundo dados da CoinMarketCap, o Bitcoin entrou em tendência de queda após registrar nova máxima histórica de US$ 125.100 em 5 de outubro. O preço recuou para US$ 80.700 na quinta-feira e, no momento da publicação, estava em torno de US$ 85.710, acumulando baixa de 22,46% nos últimos 30 dias.

A retração frustrou expectativas de força no fim de ano. Alguns analistas, como o cofundador da BitMEX, Arthur Hayes, chegaram a projetar movimento até US$ 250.000.

“Ninguém tem direito a um bull market”

Diante da busca por um novo rali, Alden advertiu que investidores não devem tratar ciclos de alta como garantidos. “As pessoas acham que têm direito a um bull market. Ninguém tem”, destacou.

Para o longo prazo, a economista prevê que o Bitcoin volte a superar US$ 100.000 em 2026, com possibilidade de renovar recordes naquele ano ou, se não ocorrer, em 2027.