Bessent descarta recessão geral nos EUA e projeta crescimento em 2026

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou neste domingo (23) que não vê risco de recessão para a economia norte-americana como um todo, apesar de reconhecer retração em segmentos sensíveis aos juros, como o mercado imobiliário.

Em entrevista ao programa “Meet the Press”, da NBC, Bessent destacou que a paralisação de 43 dias do governo federal provocou um impacto permanente estimado em US$ 11 bilhões (R$ 59,44 bilhões), mas disse estar confiante na recuperação em 2025, sustentada pela redução das taxas de juros e pelos cortes de impostos.

Inflação e tarifas

Segundo o secretário, a alta de preços é resultado principalmente do setor de serviços, e não das tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump. Ele acrescentou que a queda dos preços de energia deve ajudar a conter a inflação, hoje em torno de 3% ao ano.

Bessent afirmou ainda que a inflação foi 0,5 ponto percentual maior nos Estados governados por democratas do que naqueles liderados por republicanos, atribuindo a diferença ao “maior nível de regulamentação” nas administrações democratas.

Dados recentes

Indicadores divulgados na última semana mostram desaceleração da atividade industrial, enquanto pesquisa de consumo da Universidade de Michigan revelou insatisfação dos consumidores com os preços elevados. Mesmo assim, o secretário manteve o tom otimista: “Estou muito, muito confiante em relação a 2026. Preparamos o terreno para uma economia forte e não inflacionária”.

Imagem: redir.folha.com.br

Energia e mercado imobiliário

Bessent citou a queda nos preços da energia em outubro e o avanço nas vendas de imóveis residenciais como sinais positivos. Para ele, a combinação desses fatores, aliada ao ciclo de corte de juros, sustentará a expansão econômica no próximo ano.

O governo norte-americano continua a trabalhar para reduzir a inflação e estimular o crescimento, concluiu o secretário, rejeitando a possibilidade de um recuo generalizado da atividade econômica.