As taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) com vencimentos mais longos apresentam pequenas quedas na manhã desta segunda-feira (24), movimento alinhado à baixa dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, enquanto investidores aguardam pronunciamento do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, marcado para o início da tarde.
Às 10h07, o DI para janeiro de 2028 era negociado a 12,905%, ligeiramente abaixo do ajuste anterior de 12,915%. No mesmo horário, o contrato para janeiro de 2035 marcava 13,42%, frente aos 13,433% registrados na sessão precedente.
No exterior, o rendimento do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — caía 1 ponto-base, para 4,058%. A retração acompanha a retomada, na sexta-feira, das apostas de que o Federal Reserve reduzirá sua taxa básica em dezembro. Pela ferramenta CME FedWatch, o mercado atribuía nesta manhã 73,5% de probabilidade a um corte de 25 pontos-base e 26,5% à manutenção do intervalo entre 3,75% e 4,00%.
Com a queda dos yields norte-americanos, abriu-se espaço para leve recuo do dólar ante o real e para o alívio nas taxas longas dos DIs domésticos.
Imagem: Reuters via moneytimes.com.br
No Brasil, a atenção se volta para a participação de Galípolo no almoço anual da Febraban, a partir das 12h. Investidores buscam sinais sobre o rumo da Selic, atualmente em 15% ao ano. Parte do mercado espera corte de 25 pontos-base já em janeiro, embora o Banco Central mantenha tom cauteloso.
Segundo o Boletim Focus divulgado nesta manhã, a mediana das projeções para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15%. Para o término de 2026, a estimativa recuou de 12,25% para 12,00%. A expectativa de inflação para 2025 passou de 4,46% para 4,45%, enquanto a de 2026 foi ajustada de 4,20% para 4,18%.