O Salão do Automóvel de Los Angeles, que acontece no Convention Center da cidade, coloca os veículos elétricos no centro das atenções em meio a um cenário de vendas em retração desde o fim do incentivo fiscal federal de US$ 7.500 no final de setembro.
De acordo com a J.D. Power, as vendas de elétricos caíram quase 60% em todo o país em outubro, representando 5,2% dos emplacamentos de veículos novos no mês, ante 12,9% em setembro.
Para Ed Loh, diretor editorial da Motor Trend, a redução nas vendas não significa o fim dos elétricos. Ele afirma que as marcas capazes de oferecer bons produtos a preços competitivos tendem a se recuperar.
A Hyundai apresentou o Ioniq 6 N, sedã esportivo que acelera de 0 a 60 mph em menos de 3,2 segundos. A montadora reforça a estratégia de oferecer motores a combustão, híbridos e elétricos. “Queremos acompanhar o cliente na jornada de mobilidade, seja qual for a tecnologia escolhida”, disse Randy Parker, CEO da Hyundai para a América do Norte.
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A fabricante de luxo Lucid expõe o utilitário elétrico Gravity. O CEO interino, Marc Winterhoff, reconhece que houve um recuo nas vendas após a antecipação de compras motivada pelo incentivo, mas prevê normalização no primeiro trimestre de 2026. Segundo ele, benefícios fiscais são bem-vindos, mas não essenciais para a competitividade da marca.
O Salão de Los Angeles continua recebendo visitantes e expositores que buscam indicar o rumo do mercado automotivo em um período de transição tecnológica.