Um processo aberto na Corte do Condado de Wayne, em Michigan, acusa o vice-presidente e diretor de segurança da informação da Campbell Soup Company, Martin Bally, de proferir comentários ofensivos sobre consumidores e colegas de trabalho durante uma reunião gravada em segredo, realizada em novembro de 2024 na sede da empresa, em Camden, Nova Jersey.
A ação foi movida por Robert Garza, ex-analista de cibersegurança contratado em setembro de 2024. Segundo o documento judicial, Garza registrou a conversa e decidiu entregar o áudio à chefia; cerca de 20 dias depois, afirma ter sido demitido. Ele pede indenização por demissão retaliatória e por ambiente de trabalho racialmente hostil.
No áudio atribuído a Bally, o executivo teria dito que a Campbell vende “m*** para gente pobre” e que ele próprio quase não consome os produtos da marca. Ainda de acordo com a gravação, Bally criticou ingredientes de origem biotecnológica — “não quero comer um pedaço de frango saído de uma impressora 3-D” —, ofendeu colegas de origem indiana e comentou que, às vezes, ia trabalhar sob efeito de maconha.
Em nota enviada ao jornal The New York Post, um porta-voz da Campbell Soup informou que Bally foi colocado em licença temporária enquanto a companhia conduz uma investigação interna. “Se os comentários realmente foram feitos, são inaceitáveis e não refletem nossos valores”, declarou o representante, acrescentando que a empresa “tem orgulho dos alimentos que produz, das pessoas que os fabricam e dos ingredientes utilizados”. Segundo a Campbell, a gravação só chegou ao seu conhecimento com o protocolo da ação judicial.
Imagem: Christina Shaw FOXBusiness via foxbusiness.com
Até o momento, não há registro de resposta formal da Campbell Soup Company ao processo na Justiça.