Braskem sobe mais de 4% com expectativa de transferência da participação da Novonor

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As ações preferenciais da Braskem (BRKM5) registraram forte avanço nesta quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, impulsionadas pela perspectiva de um acordo que pode alterar o controle da petroquímica.

Por volta das 11h (horário de Brasília), os papéis subiam 4,06%, a R$ 7,95, o que levou o ativo a entrar em leilão por atingir o limite máximo de oscilação permitido na B3. Minutos depois, a negociação foi retomada com ganho ainda acima de 3%.

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Novonor (antiga Odebrecht) e o fundo IG4 Capital devem assinar, na próxima semana, um contrato para a transferência da fatia da Novonor na Braskem. Fontes ouvidas pela Broadcast acrescentam que já está definido um acordo de acionistas entre a IG4 e a Petrobras, hoje o maior acionista individual da companhia.

O novo entendimento prevê a ampliação dos poderes da estatal petrolífera, incluindo o controle operacional da Braskem, atualmente exercido pela Novonor.

Estrutura acionária

Atualmente, a Novonor detém 50,1% das ações com direito a voto e 38,3% do capital total da Braskem. A Petrobras possui 47% dos papéis votantes e 36,1% das ações totais.

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Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br

O IG4 Capital representa os bancos credores da Novonor — Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES — que mantêm ações da petroquímica como garantia de empréstimos concedidos ao grupo. Esse acerto tem potencial para resolver uma dívida da Novonor que, segundo estimativas, saltou de R$ 15 bilhões, à época da Operação Lava Jato, para cerca de R$ 20 bilhões.

Negociações desde agosto

As conversas entre a Novonor e seus credores sobre a venda da participação na Braskem começaram em agosto. Na ocasião, a agência Reuters noticiou que o IG4 havia obtido exclusividade para negociar a aquisição de parte da dívida do conglomerado com os principais bancos brasileiros, incluindo o BNDES.

Investidores acompanham de perto os desdobramentos, uma vez que a eventual formalização do acordo pode redefinir o comando da maior petroquímica da América Latina e encerrar um impasse societário que se arrasta há anos.

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