CEO da Palantir afirma que “apenas os pobres pagam o preço” pelos erros nos EUA

Dificuldades e desafios21 horas atrás11 Visualizações

NOVA YORK (03.dez.2025) – O presidente-executivo da Palantir, Alex Karp, declarou que a perda de confiança dos norte-americanos em grandes instituições decorre do fato de executivos poderosos não sofrerem consequências por decisões equivocadas, enquanto “apenas os pobres pagam o preço por estarem errados”.

O comentário foi feito nesta quarta-feira, durante o DealBook Summit, evento anual promovido pelo The New York Times no Jazz at Lincoln Center, em Nova York.

Crítica a resgates governamentais

Ao discutir se o governo federal deveria adquirir participações em empresas consideradas estratégicas, Karp acusou corporações de recorrerem à Casa Branca após “decisões estúpidas”, deixando a população sem retorno. “Ninguém acredita que as instituições sejam confiáveis. Esses líderes empresariais cometem erros graves, são socorridos e, um ano depois, recebem bônus elevados. O que o povo americano recebe? Nada”, afirmou.

Para o executivo, companhias que solicitam ajuda financeira após más escolhas deveriam arcar integralmente com as consequências. “Se você vai a Washington pedir dinheiro, deveria assumir todo o risco. Seu salário precisaria ser limitado a ponto de gerar lucro para o povo americano”, disse.

Estratégia da Palantir

Karp defendeu a trajetória de sua empresa, alegando que decisões antes consideradas “estúpidas” hoje são copiadas por outros players de tecnologia. “Todos que tomaram as decisões corretas quebraram ou precisam nos imitar. Nós absorvemos todo o risco do fracasso e outros deveriam fazer o mesmo”, declarou.

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Imagem: Sophia Compton FOXBusiness via foxbusiness.com

Desigualdade de punições

O CEO reforçou que a penalidade por erros recai, em última instância, sobre cidadãos de baixa renda. “Se você é pobre e soldado, ou mora em guetos, quando erra vai para a prisão ou morre. Os demais terceirizam suas falhas para toda a sociedade”, criticou.

Parcerias e posicionamentos

No mesmo painel, Karp justificou contratos da Palantir com o governo Trump e com autoridades israelenses, negando que a companhia desenvolva ferramentas de vigilância para Washington. Em teleconferência de resultados no início de novembro, o executivo já havia se descrito como líder da “primeira empresa completamente anti-woke” e apoiado ataques militares da administração Trump a embarcações suspeitas de tráfico de drogas.

A Palantir não respondeu imediatamente a pedidos de comentário.

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