Washington, 4 dez. 2025 – O diretor-executivo da Ford Motor Company, Jim Farley, classificou como “vitória para a acessibilidade e o bom senso” a decisão do presidente Donald Trump de redefinir as metas federais de economia de combustível.
Em entrevista ao programa “Fox & Friends” nesta quinta-feira (4), Farley afirmou que a mudança permitirá à montadora oferecer veículos mais baratos e ampliar a produção de novos modelos fabricados nos Estados Unidos.
A medida, anunciada por Trump na véspera, durante encontro na Casa Branca com executivos do setor automotivo, altera os padrões da Corporate Average Fuel Economy (CAFE), criados em 1975 para reduzir emissões. Segundo o governo, o ajuste resultará em economia total de US$ 109 bilhões para famílias norte-americanas.
“Os antigos parâmetros estavam totalmente fora da realidade do mercado. Agora, o cliente poderá escolher o que deseja, sem imposições”, disse Farley, ressaltando que a Ford continuará a oferecer veículos elétricos e híbridos, mas com maior flexibilidade para o consumidor.
Durante seu primeiro mandato, Trump já havia reduzido metas fixadas pela administração Obama. Depois, o presidente Joe Biden endureceu novamente os requisitos, elevando a exigência de eficiência em cerca de 8% para os modelos 2024 e 2025 e em 10% para 2026. O governo Trump argumenta que tais metas acrescentariam quase US$ 1.000 ao preço médio de um carro novo.
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Farley disse acreditar que a combinação da revisão dos padrões com ajustes tarifários contribuirá para queda nos preços de veículos “no fim deste ano e no início do próximo”. De acordo com o executivo, a linha de modelos considerados acessíveis pela Ford registrou aumento de 25% nas vendas em novembro, enquanto o mercado geral recuou.
Durante o anúncio na Sala Oval, Trump criticou as regras anteriores, chamando-as de “green new scam” e prometendo carros “ambientalmente responsáveis” com menor custo para o consumidor.
Com as novas diretrizes, as montadoras deverão cumprir metas de eficiência mais brandas do que as implementadas no governo Biden, mas ainda terão de oferecer veículos elétricos e híbridos para atender à demanda crescente por opções menos poluentes.