Fundos FGTS atrelados à Axia Energia acumulam alta de 100% em 2025; carteiras com Petrobras perdem 10%

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Os trabalhadores que destinaram parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ações da antiga Eletrobras, hoje Axia Energia (AXIA6), comemoram em 2025. Levantamento de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta, mostra que os principais fundos FGTS ligados à companhia registram ganhos próximos de 100% no ano até 30 de novembro. Os fundos com Vale (VALE3) sobem cerca de 30%, enquanto os dedicados à Petrobras (PETR4) acumulam perdas de aproximadamente 10% no mesmo período.

Desempenho dos fundos

Entre os veículos com maior número de cotistas, o XP FGTS Eletrobrás lidera, com retorno de 100,09% em 2025, patrimônio de R$ 1,14 bilhão e 47.173 investidores. Na sequência aparecem Santander, Daycoval, Itaú, Caixa, Bradesco, BB, Genial, BTG Pactual e Safra, todos com valorização muito próxima de 100%.

Nos fundos ligados à Vale, o Santander FGTS Vale II avançou 31,84% no ano, seguido por outros nove produtos que entregaram ganhos entre 30,36% e 31,58%.

Já as carteiras voltadas para Petrobras exibem recuos entre 10,24% e 10,75%. O Caixa FGTS Petrobras IV é o maior: patrimônio de R$ 547,1 milhões, retorno negativo de 10,24% e 2.912 cotistas.

Os números ainda não refletem a alta acumulada na primeira semana de dezembro, quando as ações de Axia subiram 6,3%, Vale 5,9% e Petrobras 2,3%.

Por que Axia lidera

Rodrigo Santoro, head de renda variável da Bradesco Asset, explica que a Axia se beneficia do aumento do preço de energia. A companhia não comercializou toda a energia disponível e tem peso relevante no sistema, o que a permite capturar a valorização do insumo. “Com resultados mais fortes, a empresa passou a distribuir dividendos maiores, impulsionando o preço das ações”, afirma.

Visão para Vale e Petrobras

No caso da Vale, Santoro aponta que a ação sobe menos que o Ibovespa por causa da queda do dólar e do minério de ferro, fatores que reduzem receitas de exportação. O gestor mantém cautela diante da possível redução de demanda chinesa e da entrada em operação da mina de Simandou, na Guiné.

Sobre a Petrobras, o executivo cita a desvalorização de 15% do petróleo em 2025 e projeta pouca recuperação nos próximos seis meses. A Bradesco Asset prefere Axia, seguida por Vale.

Recomendações de mercado

Analistas seguem otimistas com Axia. O BTG Pactual e o Santander Brasil mantêm recomendação de compra, mesmo após o papel superar seus respectivos preços-alvo de R$ 60,00 e R$ 51,91.

O “Vale Day”, em 1º de dezembro, reforçou o interesse dos analistas. A Genial Investimentos elevou o preço-alvo da ação de R$ 75,00 para R$ 80,00. O BTG Pactual aumentou o preço-alvo do ADR da mineradora para US$ 15,00.

Na Petrobras, o BB Investimentos projeta preço-alvo de R$ 45,00 para 2026, mas mantém recomendação neutra. A Nord Investimentos também é neutra, mencionando a proximidade das eleições de 2026 como fator de volatilidade. O BTG Pactual reiterou compra para o ADR, com preço-alvo de US$ 15,00, e estima dividend yield de 10,4% em 2026 e 13,3% em 2027.

Até 30 de novembro de 2025, os dados de patrimônio e performance foram compilados pela Elos Ayta.

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