Número de imóveis retirados de venda bate recorde e expõe impasse entre compradores e vendedores nos EUA

Dificuldades e desafiosontem8 Visualizações

O mercado imobiliário dos Estados Unidos registrou em 2025 o maior volume de imóveis retirados de venda desde o início do monitoramento dessa estatística pela Realtor.com, em 2022. Segundo o relatório mensal da plataforma, divulgado em novembro, as desistências de anúncio – conhecidas como “delistings” – cresceram 38% em outubro na comparação anual.

No acumulado de 2025 até outubro, o total de delistings é 45% superior ao observado no mesmo período de 2024. Desde junho, aproximadamente 6% dos imóveis listados a cada mês foram retirados pelos proprietários, consolidando 2025 como o ano com a maior taxa de cancelamentos de anúncio registrada pelo site.

Para o economista sênior da Realtor.com, Jake Krimmel, o aumento reflete um mercado “estagnado e repleto de frustrações”, em que vendedores preferem tirar a oferta do ar a reduzir o preço pedido. Entre os fatores que afugentaram compradores durante o verão norte-americano, ele aponta juros acima do esperado, valores ainda elevados das residências, baixa confiança do consumidor e incertezas econômicas mais amplas.

Indicador atinge 0,27 em outubro

O índice que compara imóveis retirados de venda a novos anúncios alcançou 0,27 em outubro, patamar semelhante ao de agosto. Na prática, isso significa que 27 imóveis foram retirados do mercado para cada 100 novas ofertas, contra 20 um ano antes.

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Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com

Regiões Sul e Oeste concentram mais cancelamentos

Áreas do Sul e do Oeste, onde o estoque de casas à venda é maior e os preços vêm caindo, lideram o movimento. Veja os principais resultados de outubro:

  • Miami (Flórida): 45 delistings para cada 100 novos anúncios — recuo frente a agosto (60), mas avanço sobre outubro de 2024 (34).
  • Denver (Colorado): 39 por 100 — acima de agosto (37) e de outubro de 2024 (24).
  • Houston (Texas): 37 por 100 — alta em relação a 2024 (31) e ligeira queda ante agosto (40).
  • Los Angeles (Califórnia): 33 por 100.
  • Riverside (Califórnia): 32 por 100.

De acordo com Krimmel, a redução desse indicador depende de uma convergência entre as expectativas de compradores e vendedores, impulsionada por maior clareza sobre a economia e a inflação, eventual recuo nos juros e preços mais alinhados à capacidade de pagamento do público.

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