Larry Kudlow pede poder irrestrito para presidentes demitirem e defende extinção da FTC

Durante seu programa “Kudlow”, transmitido pela Fox Business, o ex-diretor do Conselho Econômico Nacional Larry Kudlow afirmou que o presidente dos Estados Unidos deveria ter “o mesmo direito de demitir que de contratar” autoridades do governo, sem a necessidade de recorrer a processos burocráticos ou decisões judiciais.

Kudlow declarou que, ao longo de quase um século, decisões da Suprema Corte ligadas ao New Deal do presidente Franklin D. Roosevelt criaram precedentes que fortaleceram agências reguladoras, o que, segundo ele, limita a autonomia do Executivo. “Se o presidente tem poder para nomear, deve ter poder simétrico para dispensar”, afirmou.

Críticas à Federal Trade Commission

O comentarista direcionou críticas específicas à Federal Trade Commission (FTC), órgão que, em sua visão, “bloqueia o comércio, obstrui o empreendedorismo e prejudica a economia doméstica”. Kudlow disse que a comissão “deveria ter sido abolida há mais de 50 anos” e classificou seus argumentos sobre monopólios como “falsos”.

Ele argumentou que, em 99% dos casos analisados pela FTC, não há prejuízo ao consumidor e, nas raras situações em que haveria fundamento para ação antitruste, o Departamento de Justiça já possui uma divisão específica para isso.

A “quarta ramificação” do governo

Kudlow denunciou o que chama de “quarto poder” — um vasto conjunto de comissões e conselhos regulatórios formado ao longo de mais de um século. Para ele, esse aparato constitui um “Estado burocrático administrativo” que “lança areia nas engrenagens do capitalismo” e não encontra respaldo na Constituição, que prevê apenas poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Imagem: Larry Kudlow FOXBusiness via foxbusiness.com

O economista descreveu esse arcabouço como “ramo socialista” do governo e concluiu que é necessário “eliminar o Estado regulatório” para, em suas palavras, “parar o socialismo em seu caminho”.

Em outro trecho do programa, o ex-conselheiro da Casa Branca Kevin Hassett atacou o Federal Reserve, dizendo que o banco central se tornou “partidário” e defendendo uma reforma na instituição.