Washington – Em entrevista à jornalista Dasha Burns, da Politico, o cofundador da Microsoft e presidente da Fundação Gates, Bill Gates, afirmou que os cortes promovidos pelo governo Donald Trump na ajuda externa norte-americana resultaram em “muitas mortes”.
Gates declarou que os Estados Unidos não foram o único país a reduzir repasses, mas destacou que a redução “súbita e maciça” de recursos teve consequência direta no número de óbitos. “Ninguém quer assumir a responsabilidade pela tragédia que está acontecendo”, disse.
No relatório Goalkeepers 2025, publicado pela Fundação Gates, o empresário apontou que 4,6 milhões de crianças morreram antes de completar cinco anos em 2024. Para 2025, a projeção é de aumento pela primeira vez neste século, para cerca de 4,8 milhões – alta de pouco mais de 200 mil casos.
Segundo Gates, em conversas com o ex-presidente Trump, ele percebeu preocupação do republicano com o tema e a intenção de encontrar “um nível generoso” de gastos, capaz de evitar que os Estados Unidos sejam responsabilizados pelo aumento das mortes.
Imagem: Alex Nitzberg FOXBusiness via foxbusiness.com
O filantropo acrescentou estar “esperançoso” de que Trump, o secretário de Estado Marco Rubio e o Congresso restabeleçam, em breve, valores próximos ao patamar de ajuda externa existente antes de 2025.
A Casa Branca foi procurada pela Fox News Digital para comentar as declarações, mas não respondeu até a publicação desta nota.