São Paulo – Os empregados da Petrobras interromperam as atividades a partir de 0h desta segunda-feira (15) e iniciaram uma greve por tempo indeterminado em todo o país.
A paralisação foi aprovada na sexta-feira (12), depois de os trabalhadores rejeitarem a contraproposta da companhia nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Segundo Sérgio Borges, coordenador-geral do Sindipetro-NF, os 14 sindicatos vinculados à FUP (Federação Única dos Petroleiros) — que representam mais de 50 mil funcionários e concentram grande parte da produção nacional de petróleo — aderiram ao movimento.
Até a publicação desta reportagem, a Petrobras não havia se manifestado sobre a greve.
As tratativas entre estatal e sindicatos se estenderam por mais de três meses sem acordo. A categoria reivindica:
Imagem: redir.folha.com.br
No campo salarial, a Petrobras propôs reajuste que cobre a inflação do período mais ganho real de 0,5%, totalizando 5,66%. Os trabalhadores pedem 9,8% para recompor perdas de anos sem aumento real.
A situação de aposentados e pensionistas também pesa no conflito. Grupos organizaram vigílias em frente à sede da empresa, no Rio de Janeiro, contra descontos relativos ao equacionamento do fundo de pensão.
A paralisação atinge unidades administrativas, plataformas de produção e refinarias, com efeitos que podem se intensificar a depender da duração do movimento.