O contrato futuro do Ibovespa para dezembro (WZIN25) encerrou esta terça-feira, 16 de dezembro, em queda de 3,20%, aos 157.655 pontos. O recuo levou o índice a romper um nível de suporte apontado pela análise técnica do BTG Pactual, que agora projeta possibilidade de movimento corretivo. Mesmo assim, o banco mantém leitura de tendência positiva nos horizontes de curto, médio e longo prazos.
No mercado de câmbio, o dólar futuro para liquidação em janeiro (DOLF26) avançou 1,80%, alcançando R$ 5,529. O preço superou a banda superior da faixa de consolidação em R$ 5,450, sinal que pode indicar início de um novo viés de alta.
A volatilidade ganhou força após a divulgação de uma pesquisa eleitoral Genial/Quaest. O levantamento, realizado entre 11 e 14 de dezembro com 2.004 entrevistados e margem de erro de dois pontos percentuais, mostrou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança do primeiro turno com 41% das intenções de voto. Flávio Bolsonaro (PL) apareceu com 23% e o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) registrou 10%.
Nos cenários de segundo turno, Lula teria 46% contra 36% de Flávio Bolsonaro e 45% frente a 35% de Tarcísio. Segundo analistas, o resultado reforçou a percepção de fragmentação da oposição e provocou ajustes nas posições de investidores.
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Por volta das 17h (horário de Brasília), o índice DXY, que compara o dólar a seis moedas fortes, recuava 0,16%, situando-se em 98,145 pontos. O dia foi marcado por indicadores mistos nos Estados Unidos: o relatório de empregos mostrou criação de 64 mil vagas em novembro, acima da estimativa de 45 mil, enquanto a taxa de desemprego subiu para 4,6%, maior nível desde setembro de 2021. A medida ampliada que inclui trabalhadores subutilizados alcançou 8,7%, pico desde agosto de 2021.
Combinados, fatores internos e externos pautaram o desempenho negativo do Ibovespa futuro e a valorização do dólar futuro ao longo da sessão.