Brasília, 16 de dezembro de 2025 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta terça-feira que o empréstimo negociado por um consórcio de bancos públicos e privados para socorrer os Correios deve alcançar aproximadamente R$ 12 bilhões, respeitando o teto de custo fixado pelo Tesouro Nacional.
Segundo Haddad, a operação precisará obedecer ao limite de 120% da taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) para contar com garantia da União. “Os Correios já enviaram a proposta de financiamento acompanhada do plano de reestruturação. O Tesouro está concluindo a análise para verificar a consistência do projeto”, afirmou o ministro ao deixar o Ministério da Fazenda.
O titular da pasta acrescentou que o governo negociou com o grupo de bancos interessado – Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander – para assegurar que a taxa fique dentro do patamar autorizado. Questionado sobre o percentual exato, limitou-se a dizer que o anúncio caberá ao presidente da estatal. “A taxa máxima já está pactuada e encontra-se nos parâmetros que consideramos razoáveis”, declarou.
O valor de R$ 12 bilhões “pode chegar” a ser necessário, confirmou Haddad, acrescentando que o Executivo trabalha “há algum tempo” na solução e espera aprovar o plano rapidamente.
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O ministro também descartou, “neste momento”, qualquer aporte direto do Tesouro nos Correios. A hipótese chegou a ser cogitada caso o empréstimo não saísse do papel.
A empresa pública enfrenta grave crise financeira e acumulou prejuízo de R$ 6 bilhões entre janeiro e setembro deste ano.