Falta de liquidez trava inventários e previdência privada surge como alternativa imediata

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Burocracia, longas esperas e disputas familiares costumam ser apontadas como os principais entraves em partilhas de bens. Porém, de acordo com a advogada especializada em direito de família e empresarial Viviane Vasques, o fator que mais paralisa inventários é a ausência de recursos disponíveis para arcar com despesas iniciais.

Segundo a profissional do escritório Moraes e Vasques Advogados, é comum encontrar famílias com patrimônio expressivo, mas sem dinheiro em caixa. Custos como Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), taxas judiciais ou de cartório, avaliações, certidões e dívidas do falecido exigem pagamento imediato. Quando o valor não está disponível, o processo fica estagnado.

Exemplo de patrimônio alto sem liquidez

Viviane acompanha um inventário estimado em aproximadamente R$ 10 milhões concentrados exclusivamente em imóveis. Os bens acumulavam pendências — IPTU atrasado, necessidade de reformas e documentação desatualizada — que impediam a venda. Os herdeiros não dispunham de capital para regularizar a situação e, mesmo com autorização judicial para alienar parte dos ativos, não surgiram compradores dispostos a assumir os problemas. A sucessão já se arrasta há mais de seis anos.

Aplicações financeiras também podem ficar congeladas

Outro episódio relatado envolve um investidor que faleceu deixando valores significativos em renda fixa. Sem inventário aberto e sem inventariante nomeado, um Certificado de Depósito Bancário (CDB) de alto valor venceu poucas semanas após a morte e o montante permaneceu parado na conta por quase um ano, até que o processo fosse regularizado.

Previdência privada como solução de liquidez

Para a advogada, manter um plano de previdência privada estruturado dentro do planejamento sucessório garante recursos rápidos aos beneficiários, já que o resgate não depende do inventário. “Basta um pouco de liquidez para destravar a partilha”, afirma. A especialista destaca que o objetivo não é substituir todo o patrimônio por previdência, mas assegurar uma reserva capaz de cobrir despesas imediatas e evitar a deterioração dos bens.

Instituições financeiras, como a XP, oferecem suporte para dimensionar aportes, definir o tipo de plano e integrar a estratégia ao conjunto do patrimônio, permitindo que a previdência cumpra o papel de instrumento de sucessão além de investimento de longo prazo.

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