Bolsas de Nova York recuam com pressão de tecnologia; Oracle perde mais de 5%

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As principais bolsas de valores dos Estados Unidos operavam em queda na tarde desta quarta-feira (17), puxadas pelo desempenho negativo do setor de tecnologia. Às 14h50 (horário de Brasília), o Dow Jones recuava 0,22%, para 48.010,29 pontos; o S&P 500 caía 0,71%, a 6.752,72 pontos; e o Nasdaq Composto perdia 1,21%, para 22.859,96 pontos.

A Oracle liderava as perdas entre as grandes empresas de tecnologia, com baixa de 5,4%. O movimento ocorreu após informações de que a companhia e a gestora de investimentos alternativos Blue Owl Capital decidiram encerrar a parceria voltada à construção de data centers para projetos de inteligência artificial (IA). Desde o pico registrado em setembro, as ações da Oracle já acumulam queda superior a 40%, em meio a preocupações sobre o aumento de endividamento para financiar a expansão em infraestrutura de IA.

No câmbio, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas de países desenvolvidos — avançava 0,16%, para 98,30 pontos. No mercado de títulos, o rendimento da T-note de dois anos subia de 3,500% no fechamento anterior para 3,504%, enquanto o retorno da T-note de dez anos passava de 4,145% para 4,179% ao ano.

Expectativa pelo índice de preços ao consumidor

Investidores aguardam o dado de inflação ao consumidor (CPI) de novembro, que será divulgado amanhã após atraso provocado pela paralisação do governo norte-americano. O relatório de emprego (payroll) de novembro já havia indicado avanço na taxa de desemprego e sinais de desaceleração no mercado de trabalho. Não haverá divulgação do CPI de outubro.

Projeção do Goldman Sachs aponta que o núcleo do CPI deve ter subido, em média, 0,21% nos meses de outubro e novembro, o que reduziria a taxa em 12 meses para 2,88% em novembro. Para os próximos meses, o banco prevê variação mensal entre 0,2% e 0,3%.

Pela manhã, o diretor do Federal Reserve Christopher Waller defendeu cortes adicionais nos juros para que a política monetária retorne ao nível considerado neutro, mas ressaltou que não há necessidade de pressa. “Como a inflação ainda está alta, podemos levar o tempo que precisarmos”, afirmou.

Petróleo reage a medida dos EUA

Os contratos de petróleo se valorizavam mais de 2% após o presidente Donald Trump determinar o bloqueio de petroleiros sancionados próximos à Venezuela. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro subia 1,75%, a US$ 59,95 por barril, depois de ter tocado na véspera o menor patamar desde fevereiro de 2021. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para janeiro avançava 1,81%, a US$ 56,27.

Bolsas europeias fecham sem direção única

Na Europa, os mercados encerraram a sessão em direções mistas antes de anúncios de política monetária na região. O índice pan-europeu Stoxx 600 ficou praticamente estável (+0,01%), aos 579,84 pontos. O setor de defesa ganhou 1,03%, impulsionado pela expectativa de aumento dos gastos militares na Alemanha, enquanto o segmento de energia subiu 0,74% após as sanções dos EUA a navios petroleiros venezuelanos. O setor de luxo recuou 1,06%.

Entre os principais índices nacionais, o FTSE 100, de Londres, avançou 0,92%, para 9.774,32 pontos. O DAX, de Frankfurt, perdeu 0,48%, para 23.960,59 pontos, e o CAC 40, de Paris, caiu 0,25%, para 8.086,05 pontos.

A inflação anual do Reino Unido surpreendeu e recuou para 3,2% em novembro, ante 3,6% em outubro, reforçando apostas de que o Banco da Inglaterra (BoE) pode cortar juros na reunião de amanhã. Na zona do euro, a inflação anual ficou em 2,1% em novembro, igual à de outubro e próxima da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE).

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