Os investidores que apostaram em diferentes classes de ativos em 2025 terminaram o ano à frente do CDI, que acumulou 13,51% até 15 de dezembro. Embora a renda fixa tenha largado na frente por causa dos juros elevados, ações, fundos multimercados e algumas criptomoedas entregaram ganhos superiores.
Quem replicou o Ibovespa viu R$ 10 mil virarem R$ 12,6 mil antes do Natal, resultado isento de imposto de renda. Dentro do índice, papéis de educação e construção civil, depreciados nos anos anteriores, lideraram a recuperação.
Maiores altas do Ibovespa em 2025 (até 23/12):
Cogna (COGN3) – 241,11%
Cury (CURY3) – 112,94%
Axia Energia (AXIA3) – 102,58%
BTG Pactual (BPAC11) – 100,24%
Cyrela (CYRE3) – 97,34%
Eneva (ENEV3) – 92,40%
Direcional (DIRE3) – 92,13%
Vivara (VIVA3) – 82,82%
Rede D’Or (RDOR3) – 81,48%
CPFL Energia (CPFE3) – 75,54%
No exterior, o S&P 500 subiu cerca de 18% até 26 de dezembro, o Nasdaq Composite ganhou 22,5% e o Dow Jones, 14,75%. Três fabricantes de dispositivos de armazenamento ocuparam o pódio de valorizações do S&P 500: Sandisk (+587%), Western Digital (+283%) e Seagate Technology (+226%). A corretora Robinhood (+225%) e a Micron Technologies (+222%) completaram o top 5.
Mesmo com resgates de R$ 61,7 bilhões até novembro, alguns fundos multimercados entregaram retornos bem acima da taxa básica. Entre os produtos com patrimônio acima de R$ 500 milhões, destaque para o SPX Hornet Equity Hedge Master, que avançou 45% no ano até 10 de dezembro. Outros 14 fundos superaram 22%, beneficiados por estratégias como arbitragens em ações e exposição a crédito privado.
Imagem: infomoney.com.br
O Bitcoin fechou o período com queda aproximada de 6,5%, mas especialistas o apontam como o criptoativo mais relevante de 2025 graças à maior adoção institucional. Entre as stablecoins, o Tether (USDT) ganhou espaço em pagamentos internacionais e proteção cambial. Em valorização, a líder foi a Zcash (ZEC), com salto de 603,8% até 15 de dezembro, impulsionada pelo interesse renovado em moedas de privacidade.
Na renda fixa, poucos produtos superaram o CDI. A poupança rendeu 6,92% e o Tesouro IPCA+, 10,66%. O Tesouro Prefixado 2032 entregou 12,71% e o Tesouro Selic 2026, 13,44%. Debêntures listadas no IDA-Geral alcançaram 14,68%, enquanto um CDB que pagou 110% do CDI chegou a 15%.
Os números reforçam que, em 2025, a diversificação foi decisiva para quem buscava retornos acima da taxa básica de juros.