Etanol sobe 11,47% na zona norte de São Paulo em 2025 e lidera reajustes na capital

A zona norte da cidade de São Paulo registrou a maior alta no preço do etanol em 2025, de acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O litro passou de R$ 4,01 na primeira quinzena de janeiro para R$ 4,47 na primeira quinzena de dezembro, variação de 11,47%.

O aumento não se restringiu à região. Entre janeiro e dezembro, o etanol também subiu 8,91% na zona leste, 8,47% na zona oeste, 8,19% na zona sul e 7,31% no centro. Na média da primeira quinzena de dezembro, o valor mais alto foi encontrado no centro, a R$ 4,55, e o menor na zona leste, a R$ 4,40.

Gasolina e diesel têm reajustes menores

No mesmo período, a gasolina apresentou oscilações bem mais moderadas, entre 1,62% na zona sul e 2,77% na zona oeste. O centro teve o maior preço médio (R$ 6,37) e a zona leste e a zona norte registraram as menores cotações (R$ 6,18).

Para o diesel comum, a maior alta anual ocorreu no centro, de 3,56%. Nas demais áreas, o avanço ficou abaixo de 1,5%. Mesmo assim, o combustível exibiu grande disparidade nos valores: de R$ 6,00 na zona leste a R$ 6,40 no centro e na zona sul. O diesel S-10 foi o único a registrar queda, limitada ao centro, onde recuou 1,09% (de R$ 6,45 para R$ 6,38).

Comparação novembro–dezembro

Entre a primeira quinzena de novembro e a de dezembro, o etanol voltou a liderar os reajustes: subiu em todas as regiões, com destaque para a zona norte (+5,92%). No centro, o avanço foi de 1,56%.

Imagem: redir.folha.com.br

No mesmo intervalo, a gasolina permaneceu quase estável, variando de uma queda de 0,31% no centro a um aumento de 0,32% na zona oeste. O diesel comum teve comportamento irregular: alta de 3,69% na zona oeste e estabilidade ou pequenos recuos nas demais áreas. Já o diesel S-10 praticamente não se movimentou.

Motivos do avanço

Segundo Renato Mascarenhas, diretor de Rede de Abastecimento da Edenred Mobilidade, o comportamento do etanol ao longo do ano reflete “fatores sazonais e dinâmicas próprias do mercado de combustíveis” que se traduzem no preço final ao consumidor.

O IPTL é calculado a partir de transações realizadas em cerca de 21 mil postos credenciados no país, com base no abastecimento de uma frota superior a 1 milhão de veículos.