Os contratos futuros de petróleo operavam próximos da estabilidade na tarde desta terça-feira, 30 de dezembro de 2025, enquanto investidores ajustavam suas expectativas diante do enfraquecimento das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia e do aumento das tensões no Iêmen.
Por volta de 12h (horário de Brasília), o Brent para entrega em fevereiro — cujo vencimento ocorre hoje — avançava 0,34%, cotado a US$ 62,15 o barril. No mesmo horário, o West Texas Intermediate (WTI) registrava alta de 0,59%, para US$ 58,42 o barril.
Na sessão anterior, ambos os referenciais haviam subido mais de 2% após a Arábia Saudita realizar ataques aéreos no Iêmen e depois que Moscou acusou Kiev de tentar atingir uma residência presidencial russa, o que reduziu as expectativas de um acordo de paz.
Segundo o analista Giovanni Staunovo, do UBS, o mercado “voltou a precificar a ausência de avanços concretos” nas tratativas entre russos e ucranianos no curto prazo.
A Rússia afirmou que endurecerá sua posição nas conversas após o suposto ataque, classificado por Kiev como infundado e destinado a sabotar as negociações.
Imagem: Reuters via moneytimes.com.br
Além do cenário geopolítico, a continuidade do bloqueio dos Estados Unidos ao petróleo venezuelano e a suspensão das exportações do CPC Blend do Cáspio devido ao mau tempo também davam suporte às cotações nesta terça-feira.
A coalizão liderada pela Arábia Saudita realizou novos bombardeios contra alvos identificados como apoio militar estrangeiro a separatistas do sul do Iêmen vinculados aos Emirados Árabes Unidos. Riad declarou que a segurança nacional saudita é “linha vermelha” e apoiou um pedido para que as forças dos Emirados deixem o território iemenita em até 24 horas. Um dos ataques ocorreu no porto de Mukalla, no sul do país.
Com a combinação desses eventos, analistas avaliam que o mercado de petróleo deve permanecer sensível a qualquer novo desenvolvimento nos conflitos que envolvem Rússia, Ucrânia e Iêmen.