Os contratos futuros de milho e soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sessão desta quinta-feira, 24 de julho de 2025, em terreno positivo. Operadores citaram cobertura de posições vendidas, movimentos técnicos de consolidação e otimismo quanto a potenciais acordos comerciais para justificar o avanço das cotações.
Analistas ouvidos pelo mercado destacaram a expectativa de que o presidente Donald Trump consiga estimular maiores compras de produtos agrícolas norte-americanos por parte de clientes estrangeiros. Nesse contexto, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, afirmou que fará o possível para garantir a implementação de um acordo comercial em negociação entre Estados Unidos e Japão, embora detalhes do pacto ainda não tenham sido divulgados.
O contrato mais ativo de milho subiu 3,25 centavos, encerrando a US$ 4,2075 por bushel. A alta foi atribuída principalmente à cobertura de posições vendidas e à consolidação de preços após recentes oscilações.
A soja terminou o dia 1,5 centavo acima, a US$ 10,24 1/4 por bushel. Mesmo com vendas semanais de exportação dos Estados Unidos abaixo das estimativas e previsões de clima favorável para a safra norte-americana, o grão se recuperou sustentado por negociações técnicas e pelo sentimento positivo em relação a possíveis acordos comerciais.
Os futuros de trigo também se firmaram, avançando 1 centavo para US$ 5,415 por bushel. Sinais de demanda externa ajudaram na recuperação parcial das perdas recentes, mas a perspectiva de ampla oferta global e a valorização do dólar limitaram ganhos adicionais. Analistas ressaltaram que o trigo norte-americano está atualmente mais barato do que o produto europeu e o originado na Rússia, onde uma grande colheita começa a chegar ao mercado.
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Após o fechamento da CBOT, participantes de uma excursão anual pela Dakota do Norte projetaram a produtividade média do trigo vermelho duro de primavera no maior Estado produtor dos EUA em 49,0 bushels por acre, abaixo do recorde de 54,5 bushels registrado no ano passado e inferior à estimativa atual do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os registros históricos remontam a 1992.
Com informações de Money Times