Especialistas apontam divisão ideal entre FIIs de papel, tijolo e FOFs em painel da Expert XP 2025

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O crescimento do mercado de fundos imobiliários no Brasil, mesmo com a Selic no maior nível em quase 20 anos, foi tema de debate na Expert XP 2025, em São Paulo. No painel, Marcos Baroni, head de FIIs da Suno Research, e Marx Gonçalves, head de fundos listados da XP Research, destacaram a necessidade de equilíbrio entre FIIs de papel, tijolo e fundos de fundos (FOFs) nas carteiras dos investidores.

Mercado amadurecido

Baroni avaliou que o setor está mais robusto, citando um universo de cerca de 2,8 milhões de investidores. “Continuamos crescendo apesar do cenário”, afirmou.

Alocação sugerida por Marx Gonçalves

Para Gonçalves, a conjuntura de Selic a 15% e inflação em queda, mas ainda acima da meta, favorece principalmente os FIIs de recebíveis:

• 45% a 50% em fundos de papel;
• 40% em fundos de tijolo, que exigem maior tolerância à volatilidade;
• 10% em FOFs, atualmente negociados com desconto.

Segundo ele, muitos ativos de papel apresentam risco de baixo a médio porte e estão sendo negociados abaixo do valor patrimonial.

Visão de Marcos Baroni

Baroni vê os FOFs como alternativa pontual, devido a “um problema estrutural” que, em sua opinião, limita o potencial desses veículos. Sua carteira ideal seria o espelho da sugestão de Gonçalves:

Imagem: Igor Grecco via moneytimes.com.br

• 65% a 70% em FIIs de tijolo;
• 30% em fundos de papel.

Diversificação e comportamento

Apesar das diferenças nas proporções, ambos defenderam a diversificação entre classes e ressaltaram que o investidor deve considerar o próprio perfil antes de montar a carteira. Baroni ainda advertiu que decisões baseadas apenas em premissas de curto prazo podem comprometer resultados de longo prazo. “Timing não supera o poder dos juros compostos”, disse.

Com informações de Money Times