O recente ataque a tiros no edifício 345 Park Avenue, em Midtown Manhattan, que resultou na morte de um policial da NYPD e de pelo menos quatro civis, provocou uma corrida das empresas por salas de pânico. O episódio, ocorrido em 29 de julho de 2025, foi perpetrado por Shane Tamura, que entrou no lobby com um fuzil estilo AR-15.
Segundo Geno Roefaro, CEO da plataforma de alertas de emergência SaferWatch, a procura “explodiu” menos de uma semana após o ataque. A companhia já assessora a construção de salas desse tipo para uma dúzia de clientes.
O prédio abriga gigantes como Blackstone, Rudin Management, National Football League (NFL) e KPMG. Durante o tiroteio, funcionários se esconderam em banheiros, salas trancadas e em salas de pânico existentes. A analista Julia Hyman, de 27 anos, morreu ao sair de um desses espaços na sede da Rudin Management, proprietária do imóvel.
Roefaro estima que uma sala totalmente segura custe entre US$ 150 mil e US$ 500 mil. Os ambientes contam com portas e janelas à prova de balas, paredes reforçadas e sistemas de comunicação direta com a polícia, permitindo avisos em tempo real.
Samuel Fish, fundador da Shield Security Doors Ltd, explica que, historicamente, as salas eram destinadas a executivos de alto escalão, principais alvos de ex-funcionários ou pessoas em busca de represálias. Hoje, afirma, a ameaça tornou-se aleatória, exigindo proteção para todos os colaboradores.
Empresas têm adaptado salas de reuniões, copas e até banheiros para funcionar como refúgio em caso de ataque, prática que se intensificou nas últimas décadas. “Porteiros e CEOs estão igualmente expostos em um tiroteio no local de trabalho”, observa Fish.
Imagem: Daniella Genovese FOXBusiness via foxbusiness.com
Para Roefaro, a segurança não se limita à infraestrutura. “É fundamental que os funcionários recebam alertas rápidos e saibam exatamente como agir durante um bloqueio”, diz o executivo, cuja plataforma integra botões de pânico e comunicação em dois sentidos com as forças de segurança.
No momento, empresas avaliam incorporar essas salas como parte de protocolos permanentes de proteção, diante da percepção de que incidentes violentos podem ocorrer sem motivação clara ou aviso prévio.
Com informações de Fox Business