Conselho da Petrobras autoriza retorno da estatal à distribuição de gás de cozinha

Trader Iniciante - RedaçãoTrader Iniciante - RedaçãoMercado Financeiro1 semana atrás17 pontos de vista

Anúncio

Rio de Janeiro – O conselho de administração da Petrobras aprovou na noite de quinta-feira (7) a volta da companhia ao segmento de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha. A estatal havia deixado essa atividade em 2020, após vender a Liquigás a um consórcio do setor.

Segundo comunicado, a iniciativa será incorporada ao plano estratégico da empresa, com foco em “negócios rentáveis e parcerias nas atividades de distribuição, observadas as disposições contratuais vigentes”.

Limites contratuais

Entre essas restrições está a cláusula de não competição firmada na venda da BR Distribuidora, concluída em 2021, que impede a Petrobras de atuar na distribuição de combustíveis líquidos – como gasolina e diesel – até 2029.

Com isso, a companhia definiu três diretrizes para o novo posicionamento: operar na distribuição de GLP, integrar o negócio a outras atividades no Brasil e no exterior e oferecer soluções de baixo carbono aos clientes.

Modelo de atuação ainda indefinido

A Petrobras não detalhou como será o retorno nem quais nichos pretende atender, seja no fornecimento de GLP a granel para grandes consumidores ou na venda de botijões ao mercado residencial.

Críticas à venda da Liquigás

A negociação da Liquigás por cerca de R$ 5,3 bilhões enfrentou oposição do PT e segue sendo criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente da estatal, Magda Chambriard. Ambos argumentam que a companhia pública poderia pressionar para reduzir o preço final do botijão.

Conselho da Petrobras autoriza retorno da estatal à distribuição de gás de cozinha - Imagem do artigo original

Imagem: redir.folha.com.br

“O botijão de gás é vendido pela Petrobras para as empresas a R$ 37. Não tem explicação para ele chegar ao povo a R$ 120, R$ 130, R$ 140. Alguém está ganhando muito dinheiro”, afirmou Lula em evento recente no Rio de Janeiro.

O consórcio comprador foi formado pelas concorrentes Copagaz e Nacional Gás Butano, além da Itaúsa. Os ativos da Liquigás foram divididos para obter aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Venda da BR Distribuidora também sob questionamento

Lula e Chambriard criticam ainda a privatização da antiga BR Distribuidora, hoje Vibra, sob o argumento de que a Petrobras perdeu influência sobre os preços dos combustíveis nos postos. Entretanto, a restrição contratual impede a estatal de retornar a esse mercado antes de 2029.

Enquanto não pode atuar na distribuição de gasolina e diesel, a Petrobras tem ampliado a venda direta de diesel a grandes consumidores, como indústrias e frotas de transporte.

0 Votes: 0 Upvotes, 0 Downvotes (0 Points)

Anúncio

deixe uma resposta

Siga-nos!
Pesquisar tendência
Mais Vistos
carregamento

Entrar em 3 segundos...

Inscrever-se 3 segundos...