Verde amplia exposição à Bolsa brasileira mesmo sob “incerteza enorme”

Anúncio

O fundo multimercado Verde, gerido por Luis Stuhlberger, aumentou em julho suas posições compradas em ações brasileiras, mesmo apontando um cenário de “incerteza enorme” após o chamado “tarifaço” anunciado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Na carta mensal enviada a investidores, a gestora informou que optou por estruturas de opções longas – combinações que limitam custos e riscos – em vez da compra direta de papéis. A decisão foi tomada após a queda dos mercados locais ocorrida durante o mês.

Contexto de volatilidade

Julho foi marcado, segundo a Verde, por fatores fora do habitual:

• Imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, depois parcialmente amenizada com exceções;
• Aplicação da Lei Magnitsky contra um ministro do Supremo Tribunal Federal;
• Repercussão política que reforçou o discurso nacionalista do presidente Lula.

Apesar do ruído, a casa avalia que esses eventos não devem alterar, no curto e médio prazo, as principais variáveis macroeconômicas nem sustentar por muito tempo a recuperação de popularidade do governo.

Imagem: valorinveste.globo.com

Desempenho do fundo

O Fundo Verde registrou alta de 0,22% em julho, acumulando 7,38% no ano. No período, lucrou com posições em crédito, criptomoedas e inflação nos Estados Unidos, mas teve perdas em moedas, Bolsa local e juros reais brasileiros.

Com a nova alocação em opções, a gestora busca captar possíveis altas do mercado acionário doméstico mantendo controle sobre o risco em um cenário que continua, nas palavras da carta, “recheado de variáveis e incertezas”.