Robôs que antes apareciam apenas em vídeos de demonstração começam a chegar ao mercado doméstico. Depois de dominarem o tráfego online — que em 2024 atingiu 51% de acessos feitos por sistemas automatizados, segundo a empresa de cibersegurança Imperva — máquinas agora passam a ocupar ambientes físicos com preços cada vez mais acessíveis.
A norte-americana Boston Dynamics consolidou a imagem popular de robôs com dois modelos: o quadrúpede Spot e o humanoide Atlas. O cão-robô Spot custa entre US$ 75 mil e US$ 110 mil, dependendo dos acessórios, enquanto o Atlas ainda não é vendido ao público.
Fundada em 2016, a chinesa Unitree replica a estratégia usada no mercado de drones: produzir em escala e reduzir preços. Avaliada em cerca de US$ 1,7 bilhão, a companhia comercializa o quadrúpede Go2, de 15 kg, autonomia de até quatro horas e velocidade máxima de 18 km/h, por US$ 2.800. No Brasil, o modelo já aparece em anúncios de importadores por cerca de R$ 50 mil.
Outro lançamento é o humanoide R1. Com 1,21 m de altura e 25 kg, o robô faz movimentos de kickboxing e acrobacias. O preço oficial é US$ 5.900, mas ainda não há oferta regular no mercado brasileiro.
Imagem: redir.folha.com.br
Projetado sem semelhança direta com seres vivos, o robô Lume chamou atenção recentemente. Com corpo de hastes de madeira e topo em formato de abajur, a máquina ilumina o quarto e dobra peças deixadas sobre a cama. Cada unidade custa US$ 2.000; entregas estão previstas apenas para 2026 mediante depósito antecipado de US$ 49.
A expansão desses dispositivos reforça a tendência de automação no cotidiano e indica mudanças futuras no trabalho, na segurança e na organização social.