Brasília – O governo de São Paulo estuda reforçar o plano de R$ 2 bilhões destinado a apoiar empresas paulistas afetadas pela sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos a determinados produtos brasileiros.
O governador Tarcísio de Freitas disse que a equipe econômica avalia novas medidas, ainda sem detalhamento. “Estamos estudando ainda”, afirmou.
Tarcísio expressou receio de que o estado perca espaço definitivo no mercado norte-americano. Antes da entrada em vigor das tarifas, ele conversou com o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, tentativa criticada pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro.
Até o momento, o Palácio dos Bandeirantes liberou R$ 1,5 bilhão em créditos acumulados de ICMS via programa ProAtivo para os exportadores atingidos e ampliou de R$ 200 milhões para R$ 400 milhões a linha de crédito criada para o setor.
Essa linha oferece juros a partir de 0,27% ao mês, acrescidos de IPCA, com prazo de pagamento de até 60 meses e carência de um ano.
No ano passado, São Paulo exportou US$ 13 bilhões para os EUA. Cerca de 56% desse total – aproximadamente US$ 7,5 bilhões – está sujeito ao novo imposto.
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Os produtos de maior valor agregado que lideram as vendas paulistas, como aeronaves da Embraer, petróleo e suco de laranja, ficaram isentos da tarifa.
Segundo o governo estadual, o objetivo é assegurar capital de giro e financiamento à exportação, sobretudo para empresas de pequeno e médio portes, preservando empregos no estado.
Empresas paulistas representam 19% das exportações brasileiras para os EUA; a China aparece em seguida, com 12%.
Novas ações devem ser anunciadas após a conclusão dos estudos em andamento.