São Paulo, 12 de agosto – O Ibovespa encerrou a sessão desta terça-feira em alta de 1,69%, aos 137.914 pontos, o maior nível desde 8 de julho. O principal índice da B3 acumula ganho de 1,47% na semana, avanço de 3,64% em agosto e valorização de 14,66% no ano. A marca atual deixa o indicador a 2,4% da máxima histórica de 141.263 pontos, registrada em 4 de julho.
Apesar do desempenho expressivo, o interesse dos investidores locais permanece tímido. O volume financeiro do pregão somou R$ 17,6 bilhões, apenas 6% acima da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,5 bilhões. Analistas do Itaú avaliam que apenas o início de um ciclo de cortes na Selic poderia atrair o público doméstico de volta à renda variável.
Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) refletiram ligeiras oscilações. A taxa para janeiro de 2026 recuou de 14,90% para 14,89% ao ano. O vencimento de janeiro de 2029 cedeu de 13,19% para 13,10% ao ano. Já o contrato para janeiro de 2036 passou de 13,50% para 13,47% ao ano, em meio a preocupações de prazo mais longo com o risco fiscal.
Entre as 84 ações que compõem o Ibovespa, 67 fecharam em território positivo, em um pregão dominado por investidores estrangeiros. Gestores de fundos globais continuam encontrando oportunidade no diferencial de juros oferecido pelo Brasil, sobretudo diante da possibilidade de cortes de taxas pelo Federal Reserve na reunião de setembro.
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Mesmo com expectativa de redução da Selic a partir de 2026 para patamares entre 11% e 13% ao ano, a taxa básica permanece hoje em 15%, nível que sustenta o interesse no chamado carry trade. O estoque de reservas internacionais em torno de US$ 340 bilhões e a volatilidade contida do dólar frente ao real reforçam a percepção de menor risco.
No mercado de câmbio, o dólar comercial caiu 1,06%, cotado a R$ 5,39. A moeda norte-americana acumula queda de 0,92% na semana, 3,84% em agosto e 12,85% no ano.