São Paulo, 14 de setembro de 2023, 13h03 — As taxas dos títulos públicos prefixados negociados no Tesouro Direto avançavam em todos os prazos no início da tarde desta quinta-feira (14), revertendo a queda acentuada vista dois dias antes.
Às 13h03, o Tesouro Prefixado 2028 oferecia rendimento anual de 13,21%, alta de 0,06 ponto percentual em relação a terça-feira (12). O Tesouro Prefixado 2032 subia para 13,65% ao ano, aumento de 0,10 ponto. Já o Tesouro IPCA+ 2029 pagava IPCA + 7,62% ao ano, um leve acréscimo frente aos 7,61% registrados anteriormente.
A escalada dos rendimentos ocorreu após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, que superou as expectativas do mercado. O resultado reduziu as apostas de cortes mais agressivos da taxa básica de juros pelo Federal Reserve já em setembro, elevando os retornos dos Treasuries e pressionando as taxas de juros de longo prazo em diversos países.
No mercado brasileiro, o movimento de alta havia começado na sessão de quarta-feira (13), quando o governo apresentou um pacote para compensar as tarifas de 50% impostas pelos EUA a determinados produtos nacionais. O plano prevê R$ 9,5 bilhões em medidas fora da meta fiscal e R$ 30 bilhões em linhas de crédito, o que acendeu alerta sobre o risco fiscal e contribuiu para a abertura das taxas locais.
Na terça-feira (12), antes da divulgação do PPI, a expectativa de inflação mais branda no Brasil e nos EUA havia levado o yield do Prefixado 2028 ao menor nível desde 2025, de 13,15% ao ano, e o do Prefixado 2032 a 13,55%, mínima em mais de um mês.
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Segundo Jeferson Bittencourt, head de macroeconomia do ASA, a definição final das regras do pacote governamental será decisiva para avaliar se as medidas corrigem ou ampliam distorções fiscais.
Confira, a seguir, as principais taxas observadas às 13h03 desta quinta-feira (14):
• Tesouro Prefixado 2028: 13,21% ao ano
• Tesouro Prefixado 2032: 13,65% ao ano
• Tesouro IPCA+ 2029: IPCA + 7,62% ao ano