O Ibovespa registrou leve baixa de 0,01% nesta sexta-feira (15), aos 136.340,77 pontos, completando a terceira sessão consecutiva de perdas. Mesmo assim, o principal índice da B3 acumulou ganho de 0,31% na semana.
No câmbio, o dólar à vista caiu 0,35% e terminou cotado a R$ 5,3980, ampliando a desvalorização semanal frente ao real para 0,70%.
O fim da temporada de resultados do segundo trimestre continuou a ditar o rumo das ações. Marfrig (MRFG3) liderou os ganhos do dia, avançando mais de 8% após números considerados em linha pelas casas de análise, que agora voltam as atenções à integração com a BRF.
Banco do Brasil (BBAS3) também figurou entre as maiores altas. Apesar de uma queda de 60% no lucro líquido na comparação anual e expectativa negativa de parte dos analistas, os papéis subiram na esteira da perspectiva de melhora no desempenho ao longo de 2025.
Na ponta oposta, Embraer (EMBR3) liderou as baixas em movimento de realização de lucros. Entre as blue chips, Petrobras (PETR3; PETR4) cedeu pela quarta sessão seguida, pressionada pela retração de 1,48% do petróleo Brent, que fechou a US$ 65,85 o barril em Londres. Vale (VALE3) também recuou, acompanhando o minério de ferro em Dalian, que perdeu mais de 1%.
No acumulado da semana, BTG Pactual (BPAC11) foi o destaque positivo, impulsionado pelos resultados trimestrais, enquanto Raízen (RAIZ4) registrou a maior queda entre os componentes do Ibovespa.
Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br
Em Wall Street, os índices terminaram sem direção única diante da reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, iniciada às 16h30 (horário de Brasília). O Dow Jones subiu 0,08% (44.946,12 pontos), enquanto o S&P 500 caiu 0,29% (6.449,80 pontos) e o Nasdaq recuou 0,40% (21.622,97 pontos).
Os investidores também reagiram a dados econômicos norte-americanos. As vendas no varejo aumentaram 0,5% em julho, e, sem automóveis, 0,3%, ambos em linha com as projeções. Já o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan caiu para 58,6 em agosto, ante 61,7 em julho, refletindo preocupações com a inflação. Mesmo com os indicadores mistos, o mercado manteve a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve na reunião de setembro.
Na Ásia, o Nikkei avançou 0,71% e renovou máxima histórica nominal aos 43.378,31 pontos após o PIB japonês crescer 0,3% no segundo trimestre, superando as estimativas. O Hang Seng, em Hong Kong, recuou 0,37%. Na Europa, o Stoxx 600 cedeu 0,06%, aos 553,56 pontos, com investidores atentos ao encontro entre Trump e Putin.
As negociações encerraram-se sem grandes oscilações, refletindo o equilíbrio entre a valorização de Banco do Brasil e a sequência de quedas de Petrobras, que atuaram como forças opostas no desempenho final do Ibovespa.