O Bitcoin (BTC) entrou em uma “zona de perigo moderado” após a métrica Market Value to Realized Value (MVRV) atingir +21%, indicou a plataforma de análise Santiment em relatório divulgado nesta segunda-feira (data de publicação do relatório).
O MVRV compara o valor de mercado do ativo com o valor realizado — preço médio pago pelos investidores — e sugere se o criptoativo está sobrevalorizado. Segundo a Santiment, o patamar atual indica que o investidor que comprou Bitcoin nos últimos 12 meses está, em média, com lucro confortável, o que eleva a probabilidade de realização de ganhos.
No momento da publicação, o Bitcoin era negociado a US$ 115.800, aproximadamente 6% abaixo do recorde histórico de US$ 124.128 registrado na quarta-feira passada, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nos últimos 30 dias, a cotação recuou 1,71%.
Antes de alcançar a máxima histórica, o BTC acumulou alta de 10% em nove dias. Analistas da exchange Bitfinex afirmaram em relatório que a valorização perdeu força pela ausência de catalisadores macroeconômicos que sustentassem o movimento.
Os especialistas da Bitfinex avaliam que o mercado adotou postura de “esperar para ver”, caracterizando uma fase de consolidação no curto prazo. Entre os fatores observados está a decisão do Federal Reserve sobre possível corte de juros em 17 de setembro. Conforme a ferramenta CME FedWatch, 83,6% dos participantes projetam a redução na taxa.
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Enquanto isso, posições vendidas em Bitcoin continuam aumentando. Dados da CoinGlass mostram que cerca de US$ 2,2 bilhões em shorts podem ser liquidados caso o preço retorne ao topo histórico de US$ 124.128.
Apesar do aumento nas apostas contra a criptomoeda, a Santiment destaca que as “baleias” — carteiras que detêm entre 10 e 10.000 BTC — seguem acumulando, sem sinalizar interesse em realizar lucros no patamar atual.
O relatório da Santiment reforça que as informações não constituem recomendação de investimento e que toda operação envolve riscos.