Investidores seguem articulações de Trump e especulam sobre possível corte da Selic

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O pregão desta terça-feira, 18 de agosto, chega sem grandes divulgações de indicadores, mas permanece carregado de temas que movimentam os mercados. A atenção dos investidores se divide entre as iniciativas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para destravar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, os resultados da XP Inc. e as apostas em torno do início do ciclo de cortes da Selic.

Trump tenta intermediar encontro entre Zelensky e Putin

Na segunda-feira, 17, Trump recebeu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca. O encontro, descrito como amistoso, abordou a proteção da Ucrânia contra futuras investidas russas. Trump sinalizou que uma eventual negociação poderá envolver a cessão de territórios atualmente ocupados pela Rússia.

Apesar do avanço diplomático, a expectativa de um tratado de paz foi adiada para uma nova reunião entre Zelensky e o presidente russo, Vladimir Putin, sem a presença de Trump. Ainda assim, o líder norte-americano afirmou que já iniciou as tratativas para viabilizar o encontro. “Telefonei ao presidente Putin e dei início aos preparativos para uma reunião, em local a ser definido”, declarou. Segundo ele, o vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff conduzirão a organização do evento.

A perspectiva de um acordo influencia diretamente os mercados, uma vez que o conflito eleva a aversão ao risco e pressiona os preços de energia e commodities.

XP divulga lucro recorde, mas captação recua

Com a temporada de balanços perto do fim, o mercado repercute, nesta terça-feira, os números da XP. Embora listada na Nasdaq, a corretora é considerada um termômetro do setor financeiro brasileiro. No segundo trimestre de 2025, a companhia registrou lucro recorde e maior rentabilidade, mas apresentou queda expressiva na captação líquida, fator que pode influenciar o desempenho de suas ações durante o dia.

Quando começa a redução da Selic?

O debate sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário segue no radar. Na segunda-feira, 17, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou que a manutenção da Selic em 15% ao ano está fundamentada apenas nas condições da atividade econômica, sem considerar o calendário eleitoral. “Precisamos ter um certo grau de convicção e olhar para o futuro em nossos cenários”, disse.

No mesmo dia, o IBC-Br — considerado prévia do PIB — registrou novo arrefecimento da economia, sinalizando possível espaço para cortes nos juros. Entre os gestores de fundos multimercados, o otimismo com a queda da Selic atingiu o maior nível em 18 meses, enquanto a percepção sobre a bolsa brasileira piorou.

Com esses elementos no horizonte, os investidores ajustam posições à espera de novidades tanto no front geopolítico quanto na política monetária doméstica.

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