McDonald’s e seus franqueados nos Estados Unidos decidiram reduzir em 15% o valor de oito combos populares, numa tentativa de reposicionar a rede como opção acessível para consumidores atentos aos gastos.
O acordo foi selado após semanas de negociação. Pelo acerto, os combos selecionados custarão 15% menos do que a soma dos mesmos itens comprados separadamente. Pessoas a par das conversas afirmam que a companhia se comprometeu a oferecer apoio financeiro aos franqueados que aderirem à mudança.
Além da queda de preços imediata, a rede planeja lançar, ainda este ano, um combo de café da manhã por US$ 5 e uma oferta de Big Mac com McNuggets por US$ 8, ambos promovidos como Extra Value Meals.
A medida é mais um passo na estratégia de reforçar o conceito de “valor” após queixas de consumidores sobre aumentos nas lojas. Em janeiro, a empresa introduziu a categoria “McValue”, com a ação “Compre um, adicione outro por US$ 1” válida para café da manhã, almoço e jantar. Na mesma época, surgiram promoções exclusivas no aplicativo, como batata frita média grátis nas sextas-feiras de 2025 mediante compra de US$ 1, e um sanduíche McCrispy sem custo para novos usuários.
Franqueados locais também lançaram ofertas próprias, incluindo descontos em itens como o McGriddle e cupons de 20% em compras a partir de US$ 10 feitas pelo app.
Imagem: Daniella Genovese FOXBusiness via foxbusiness.com
Em maio de 2024, o presidente da McDonald’s nos EUA, Joe Erlinger, contestou relatos que apontavam refeições de Big Mac a US$ 18 como exemplo comum. Ele classificou as informações como “mal-fundamentadas” e disse que situações desse tipo são exceção. Segundo Erlinger, o preço médio de um Big Mac era de US$ 4,39 em 2019 e passou para US$ 5,29 em 2023, alta de 21% após considerar pressões inflacionárias.
A empresa não comentou oficialmente a nova redução de preços. Atualmente, a maior parte dos quase 13.700 restaurantes da rede no país é operada por franqueados independentes.
Executivos da companhia também apontam o aumento do salário mínimo na Califórnia para US$ 20 como um fator que pressiona os custos trabalhistas, mas afirmam que demissões não estão no radar no momento.