Rio de Janeiro – A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) confirmou nesta quarta-feira (20) que sete áreas do pré-sal serão ofertadas em leilão marcado para dezembro, depois de receberem manifestações de interesse de empresas do setor.
Segundo a agência, trata-se do certame com o maior número de companhias inscritas desde 2022, quando entrou em vigor o atual modelo de oferta de blocos para exploração e produção no país. No total, 13 áreas haviam sido apresentadas ao mercado, mas apenas as sete que despertaram interesse irão a leilão.
Se todos os blocos forem arrematados, o governo poderá arrecadar R$ 160 milhões em bônus de assinatura. O valor é fixo, e vence a empresa que oferecer o maior volume de petróleo à União.
Duas das áreas estão na porção sul do polígono do pré-sal, região onde a britânica BP relatou sua maior descoberta de petróleo e gás em 25 anos, no bloco Bumerangue. São elas:
Outros blocos ofertados serão Jaspe, Citrino, Larimar, Ônix e Itaimbezinho. O maior bônus de assinatura é o de Jaspe, fixado em R$ 52,2 milhões, com percentual mínimo de óleo-lucro (parcela da produção destinada à União após custos) de 16,72%. Essa área fica ao lado de um bloco onde a Shell anunciou recente descoberta de gás natural.
Imagem: redir.folha.com.br
A Petrobras informou à ANP que pretende exercer o direito de preferência sobre Jaspe. Caso outro consórcio vença o leilão, a estatal poderá solicitar participação no bloco como operadora.
Além da Petrobras, estão aptas a participar do leilão companhias como Chevron (EUA), Shell (Reino Unido), as chinesas Cnooc e Sinpec, a colombiana Ecopetrol, a Qatar Energy, além das independentes brasileiras 3R e Prio.
O pregão de dezembro será o segundo de 2025. Em junho, a ANP concedeu 34 blocos fora do polígono do pré-sal, incluindo 19 na Bacia da Foz do Amazonas, alvo de críticas de organizações ambientais por abrir nova fronteira exploratória na costa amazônica.