O presidente do conselho de administração da Petrobras, Pietro Mendes, renunciou ao posto nesta quarta-feira (20) depois de ter seu nome confirmado pelo Senado para uma das diretorias da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
O estatuto da Petrobras permite que o próprio colegiado escolha, entre os conselheiros atuais ou mediante nova indicação, quem assumirá a presidência do conselho até a próxima assembleia geral de acionistas. Até o momento, nenhum substituto foi anunciado.
Com a saída de Mendes, o governo federal passa a contar com quatro representantes no conselho, além da presidente da companhia, Magda Chambriard:
Outros quatro assentos pertencem a acionistas privados: José João Abdalla Filho, Jerônimo Antunes, Francisco Petros e Aloisio Macário Ferreira de Souza. A trabalhadora Rosângela Buzanelli representa os empregados.
Mendes havia sido indicado à diretoria da ANP em dezembro de 2024, mas a votação foi adiada por resistência da liderança do Senado, sendo concluída apenas na noite de terça-feira (19). No mesmo processo, os senadores confirmaram Artur Watt Neto como novo diretor-geral da agência. O comando da ANP estava vago desde o término do mandato de Rodolfo Saboia, em dezembro de 2024.
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Tanto Mendes quanto Watt Neto são servidores de carreira da ANP que estavam cedidos a outros órgãos. Watt Neto atuava como consultor jurídico da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), estatal responsável por gerir a participação da União nos campos do pré-sal.
A ANP é responsável por regulamentar e fiscalizar as atividades de petróleo, gás natural e biocombustíveis, além de organizar leilões de áreas de exploração e produção.