Bangcoc, 08 mai (Cointelegraph) — A Divisão de Supressão de Crimes Tecnológicos (TCSD) da Tailândia prendeu no sábado, no aeroporto Suvarnabhumi, Han, cidadão sul-coreano de 33 anos acusado de transformar criptomoedas em barras de ouro para um esquema de call center que teria movimentado mais de US$ 50 milhões.
O mandado contra Han foi emitido em fevereiro. Ele responde por fraude, crimes de informática, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
O caso está ligado a um golpe de grande escala iniciado no começo de 2024. Vítimas eram atraídas por supostas oportunidades de investimento que prometiam retornos de 30% a 50%. Pagamentos iniciais criavam sensação de legitimidade, mas, à medida que os depósitos aumentavam, saques eram bloqueados sob alegação de descumprimento de requisitos.
Dúzias de denúncias levaram a TCSD a iniciar investigações que já resultaram na prisão de dez suspeitos — cinco apontados como responsáveis pela lavagem e cinco titulares de contas de laranja.
Ao identificar a chegada de Han à Tailândia, a polícia coordenou a detenção com o Departamento de Imigração. O celular do suspeito, contendo múltiplas contas de criptomoedas ligadas à rede, foi apreendido.
Segundo a TCSD, Han estudou anteriormente na China e, depois, ingressou em uma empresa sul-coreana que comprava ouro no exterior usando criptomoedas provenientes das vítimas. Entre janeiro e março de 2024, suas contas teriam movimentado cerca de 47,3 milhões de USD Tether (USDT), convertidos em mais de 10 quilos de ouro por transação — cada lote avaliado em cerca de US$ 1 milhão.
Imagem: Trader Iniciante 2 (17)
O suspeito nega parte das acusações, mas permanece sob custódia enquanto a polícia tailandesa aprofunda a investigação da rede de lavagem.
Em Taiwan, o Ministério Público do Distrito de Shilin indiciou 14 pessoas pelo que classificou como o maior caso de lavagem de criptomoedas do país. A denúncia envolve mais de 1.500 vítimas e mais de US$ 70 milhões em ganhos ilícitos. Promotores pedem a apreensão de quase US$ 40 milhões em ativos, 640.000 USDT, quantias não divulgadas de Bitcoin (BTC) e Tron (TRX), US$ 1,8 milhão em espécie, dois carros de luxo e US$ 3,13 milhões bloqueados em contas bancárias.
As autoridades taiwanesas afirmam que o grupo convertia dinheiro vivo em moeda estrangeira, comprava USDT em corretora local e enviava os valores ao exterior para ocultar a origem dos recursos.